Nascido na década de 1940 nos Estados Unidos, o R&B é caracterizado por abordar temas recorrentes do dia a dia como relacionamentos, amor e experiências pessoais em meio às melodias suaves, composições delicadas e batidas marcantes.
Para a época, gêneros como Blues e Jazz estavam tomando conta das comunidades afro americanas. Enquanto o primeiro era conhecido por suas letras melancólicas e ritmo lento, o segundo trazia improviso nas composições em uma frequência mais animada. O R&B nasce da junção destes dois e, com o passar do tempo, passa a incorporar outros ritmos e gêneros. Do Pop ao Soul, passando por Funk e Hip Hop, o R&B é conhecido por unir diversos elementos musicais num só estilo.
E onde fica a Coreia nisso tudo?
Assim como foi abordado na estreia do HIT!Hop, a presença das forças armadas dos Estados Unidos na Coreia do Sul teve um forte impacto cultural no país asiático — sendo a música só mais uma delas.
K-R&B
Ao contrário do que estamos acostumados a ver no K-pop, os artistas de K-R&B são, em boa parte, independentes ou têm contratos com pequenas empresas. Isso lhes dá uma maior liberdade na concepção de seus álbuns e nos estilos musicais que desejam explorar. Todo esse controle sobre o rumo de suas carreiras também permite um número considerável de colaborações com outros artistas nas músicas — tanto coreanos quanto estrangeiros.
Dentre os feats. mais conhecidos estão as músicas “D (Half Moon)”, do DEAN com Gaeko; “Make Up”, do Sam Kim com Crush; e “Somebody!”, do Loco com a Hwasa, do Mamamoo.
Além destes artistas, outros nomes importantes são responsáveis por popularizar o gênero. Zion.T, Tabber, Gemini, LeeHi, Seori entre outros.
Comparado ao que é produzido fora da Coreia, o K-R&B se caracteriza pela mistura de idiomas nas letras — normalmente o coreano e o inglês — além da inserção, em alguns casos, de instrumentos típicos do país como o gayageum e o haegeum.
Muitos idols, inclusive, quando focam em suas carreiras solo, optam por explorar o gênero. Mas ao contrário do que estamos acostumados, os MVs costumam focar nos sentimentos do artista, onde contam histórias como se fossem curta-metragens, e possuem pouca ou nenhuma coreografia se comparado ao K-pop.
Agora que você já conhece um pouco mais sobre o gênero, que tal escutar a playlist que preparamos?
Design: Vicky Barros