Milhares de manifestantes enfrentaram temperaturas extremas e foram às ruas em várias cidades da Coreia do Sul neste sábado, 8 de fevereiro. Em Seul, os atos reuniram lados opostos do espectro político, com um grupo exigindo a saída definitiva do presidente Yoon Suk-yeol, destituído de seu cargo em janeiro, e outro grupo pedindo a anulação do impeachment e sua libertação da prisão.
Na capital, apoiadores de Yoon, liderados pelo pastor conservador Jeon Kwang-hoon, se reuniram na região de Gwanghwamun. Eles pediram a revogação do impeachment e protestaram contra a prisão do presidente, que está detido sob acusações de insurreição após declarar lei marcial em dezembro. Segundo os organizadores, 3 milhões de pessoas participaram, mas a polícia estimou o público em 35.000. Um dos parlamentares do partido governista, Yoon Sang-hyun, discursou no ato e incentivou os manifestantes a manterem a esperança de que Yoon retorne ao poder.

Do outro lado, um protesto próximo à estação Gyeongbokgung, também em Seul, reuniu cerca de 5.000 pessoas pedindo a remoção definitiva de Yoon e uma decisão rápida do Tribunal Constitucional sobre o caso. Outro ato, na estação Anguk, reuniu aproximadamente 10.000 manifestantes com o mesmo objetivo.

Já em Daegu, um reduto conservador, apoiadores de Yoon se reuniram com parlamentares do PPP (partido de Yoon) e com o governador da província de Gyeongsang do Norte, Lee Cheol-woo. Mais tarde, no centro da cidade, grupos civis e trabalhistas também se mobilizaram para defender o impeachment do presidente.
A onda de protestos reflete a profunda divisão política na Coreia do Sul desde a tentativa de Yoon de decretar lei marcial. O desfecho do impeachment agora depende do Tribunal Constitucional, enquanto as manifestações seguem crescendo em todo o país.
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