As famílias das 179 vítimas do acidente aéreo com uma aeronave da Jeju Air, ocorrido no último sábado (28), enfrentam uma espera angustiante no Aeroporto Internacional de Muan, na Coreia do Sul. A identificação dos corpos, danificados pelo impacto e explosão, só deve ser concluída em 8 de janeiro, conforme informaram as autoridades locais.
Na segunda-feira (30), parentes reunidos em abrigos temporários montados no aeroporto receberam a notícia de que apenas cinco vítimas poderiam ser devolvidas às famílias em condições reconhecíveis. O restante dependerá de exames de DNA, um processo demorado conduzido pelo Serviço Nacional de Medicina Forense.
“Não posso nem me despedir do meu neto. Meu pobre bebê…”, lamentou uma avó, enquanto o desespero tomava conta de outros familiares abrigados em tendas improvisadas.
Na Won-oh, chefe do departamento de investigações da Agência de Polícia Provincial de Jeolla do Sul, explicou que, mesmo com esforço máximo, os resultados preliminares só estarão disponíveis na próxima semana. Para algumas famílias, a espera representa não apenas a dor da perda, mas o peso de um adeus ainda mais difícil.
A polícia informou que está avaliando alternativas para liberar alguns restos mortais antes da conclusão dos exames, desde que as famílias concordem por escrito. No entanto, para muitas das vítimas, cuja identificação por digitais não foi possível, o trabalho forense continuará até a finalização do processo de DNA.
A tragédia, além de causar uma comoção nacional, trouxe cenas de desespero no aeroporto. Uma mulher implorou: “Tragam-nos de volta! Isso não pode ser real!” Já a senhora Ko, de 72 anos, cujo filho e nora estavam no voo, confessou: “Estou com medo. Preciso ver o rosto do meu filho, mesmo temendo que só me mostrem fragmentos de carne.”
Enquanto voluntários tentam oferecer suporte emocional aos parentes, o luto permeia o local, onde familiares aguardam por respostas em meio à dor.
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