No último domingo (26), a Coreia do Norte revelou que testou mísseis guiados de cruzeiro estratégicos mar-superfície no dia anterior, em sua primeira provocação desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, iniciou oficialmente seu segundo mandato.
De acordo com a Agência Central de Notícias da Coreia, os mísseis voaram 1.500 quilômetros por volta de 7.507 a 7.511 segundos antes de atingir precisamente seus alvos.
O líder norte-coreano Kim Jong Un supervisionou o teste e falou que os “meios de dissuasão de guerra das forças armadas da RPDC (República Popular Democrática da Coreia) estão sendo completamente aperfeiçoados”. Ele prometeu continuar o desenvolvimento do programa de armas de seu regime, dizendo que Pyongyang alcançará “paz e estabilidade duradouras com base em um músculo militar mais poderosamente desenvolvido no futuro”.
Os militares da Coreia do Sul confirmaram a informação, dizendo que detectaram “disparos múltiplos” de mísseis de cruzeiro em direção ao Mar Amarelo por volta das 16h do sábado e que os detalhes dos testes estão sendo analisados pelas autoridades de inteligência da Coreia do Sul e dos Estados Unidos.
Embora seja costumeiro que as autoridades do Sul informem imediatamente os lançamentos de mísseis balísticos de Pyongyang, não é necessário fazê-lo com testes de mísseis de cruzeiro, que representam um nível “diferente” de ameaça à segurança, disse um funcionário do Ministério da Defesa ao The Korea Herald.
Em uma transmissão da Fox News na quinta-feira, Trump disse que tem planos de entrar em contato com o líder norte-coreano Kim Jong-un, o que sinalizaria uma retomada das negociações nucleares suspensas entre Washington e Pyongyang, se tal contato se materializasse.
A decisão de Pyongyang de testar uma arma estratégica apesar da expressão de interesse de Trump em renovar as negociações com o líder norte-coreano é a “típica política de linha dura” da nação reclusa contra Washington, observou um especialista.
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