As caixas-pretas do avião da Jeju Air, que caiu no Aeroporto Internacional de Muan, no sudoeste da Coreia do Sul, em 29 de dezembro de 2024, pararam de coletar dados quatro minutos antes do acidente, que deixou 179 mortos. A informação foi confirmada hoje (11), por autoridades sul-coreanas e americanas que investigam o caso.
Segundo o Ministério dos Transportes da Coreia, os gravadores de dados de voo (FDR) e de voz da cabine (CVR) cessaram as gravações às 8h59, pouco antes da colisão, ocorrida às 9h03.
Com as caixas-pretas danificadas, a extração de informações dos dispositivos foi considerada inviável pelas autoridades coreanas, que enviaram os equipamentos para análise nos Estados Unidos, no laboratório do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB).
Apesar da ausência de dados críticos, especialistas ressaltam que a apuração do caso segue com base em outras evidências, como registros do controle de tráfego aéreo, imagens do acidente e destroços encontrados no local.
O acidente, considerado o pior da história da aviação na Coreia do Sul, gerou comoção nacional e levou à renúncia do ministro dos Transportes, Park Sang-woo. “Como responsável pela segurança da aviação, sinto um profundo senso de responsabilidade em relação a esta tragédia”, declarou. Partidos políticos também formaram uma força-tarefa para apurar o caso.