Destaques, Entrevistas

As vozes e espírito da geração Z – Entrevista Gen1es

Booking, entrevista, edição, tradução: Guto Togo

Design: Jessica Fernandes

O EP GEN1 é mais do que um lançamento musical, é um retrato da alma da Geração Z. Em cinco faixas intensas, o girl group Gen1es convida o público a percorrer uma jornada de autodescoberta, transformação e conexão coletiva. Cada música é um capítulo dessa narrativa: do despertar em “Vroom” ao calor acolhedor de “WiFi”, o projeto traduz os sentimentos de uma geração que rejeita rótulos, abraça vulnerabilidades e encontra força na união.

E claro, nós da HIT! realizamos uma entrevista exclusiva com as meninas do Gen1es. Elas contaram sobre as músicas do novo trabalho, os desafios enfrentados e compartilhados pela geração Z e além de mandarem mensagem para os fãs brasileiros.

Time HIT!: O EP “GEN1” é descrito como uma jornada emocional e geracional. Como vocês definiriam o espírito da Geração Z, e como isso se reflete no trabalho de vocês?

QIAO YIYU: Para mim, o espírito da Geração Z combina um senso único de autoexpressão com uma sabedoria prática sobre crescimento pessoal. O EP “GEN1” é a personificação perfeita desse espírito. Seja a resiliência da autoaceitação em “Pretty Rose” ou a atitude de autorreinvenção em “Rewrite”, ambos se alinham fortemente a essa característica.

Time HIT!: Vocês mencionaram que “GEN1” não é apenas sobre um artista, mas sobre uma geração inteira. Como foi o processo de transformar as músicas em algo que pudesse representar tantos jovens ao redor do mundo?

RUAN: É sobre capturar os fios condutores comuns entre os jovens desta era. Esse sentimento de incerteza em relação ao futuro, o desejo de ser compreendido e a força interior que existe em cada um. Ao tecer essas emoções em nossa música, esperamos que jovens de diferentes lugares e países encontrem ressonância ao ouvir.

Time HIT!: Cada faixa representa uma etapa de autodescoberta. Qual das cinco músicas mais ressoa com você pessoalmente, e por quê?

YEAN: Acho que Pretty Rose é uma música que me comove profundamente, especialmente depois de participar de Let Me Sing, que deixou meus sentimentos ainda mais claros. No passado, eu sempre escondia meus medos e dores porque tinha receio de que os outros os percebessem, mas essa canção me ensinou que até mesmo uma flor com espinhos pode florescer na escuridão.

Time HIT!: Na poderosa faixa “Vroom”, vocês falam sobre despertar e confrontar sua identidade. O que despertou esse desejo de libertação em vocês?

EMMA: Estar presa a vários tipos de regras predefinidas, ser subestimada pelo mundo exterior e enxergar nossos desejos e pensamentos mais íntimos… Tudo isso acendeu em nós o anseio pela libertação. Não se trata de uma rebeldia deliberada, mas sim de romper com as amarras e mostrar com orgulho a vitalidade que pertence aos Gen1es.

Time HIT!: “Rewrite” fala sobre se desprender de rótulos e se redefinir. Houve algum momento específico na vida de vocês em que sentiram a necessidade de recomeçar?

WANGKE: Acho que o dia em que debutamos como grupo foi um desses momentos: nos fez sentir que precisávamos recomeçar, porque sabíamos que a estreia não era um fim, mas sim um novo começo. Antes disso, talvez tivéssemos recebido vários rótulos, mas a partir da estreia, quisemos arrancar esses rótulos e seguir em frente do nosso próprio jeito, mostrando a todos um Gen1es diferente, que não pode ser definido por ninguém.

Time HIT!: “Pretty Rose” é ao mesmo tempo vulnerável e forte. Como foi expor a dor de vocês dessa forma? E o que esperam que os ouvintes sintam ao escutar essa faixa?

PAILIU: Ansiamos por ter asas para sentir tudo isso, esperando fazer todos compreenderem que a dor de ninguém deve ser escondida. Dentro dessas tristezas ocultas, pode haver uma luz brilhante. Se você se recusar a se render e continuar avançando na escuridão, assim como uma rosa reunindo forças, ela acabará florescendo um dia.

Time HIT!: “Juice” fala sobre autoaceitação e fluxo. Em uma indústria que frequentemente impõe padrões rígidos, como vocês lidam com a pressão e as expectativas? O apoio interno entre vocês é importante nesse processo de resistência?

XUEYAO: É preciso aprender a aceitar todas as pressões e expectativas e praticar ainda mais. O apoio mútuo é muito importante. Às vezes fico realmente para baixo, mas ver todos ao meu lado me dá motivação e me faz querer evoluir junto com todos.

Time HIT!: “WiFi” celebra a conexão mesmo sem sincronia perfeita. O que vocês acham que é a chave para construir conexões fortes em um mundo fragmentado e polarizado?

ELYN: Abraçar tudo, não é preciso harmonia perfeita. Basta permanecer ao lado um do outro, e a solidão nunca criará raízes.

Time HIT!: O EP termina em um tom caloroso com “WiFi”. Qual é o principal sentimento que vocês esperam que os ouvintes levem consigo após a experiência completa de “GEN1”?

DIDI: Acredito que, depois de ouvir o álbum Gen1, o público sentirá algo caloroso, ensolarado e cheio de esperança. Algo que deixa as pessoas positivas e animadas. Eles também sentirão a força do encorajamento mútuo e da companhia entre nós..

Time HIT!: Durante a gravação do videoclipe de “Vroom”, houve algum momento desafiador ou uma memória que vocês sempre carregarão?

ELYN: Houve momentos em que eu estava muito cansada, mas ver todos ao meu lado me apoiando e encorajando é um calor que sempre lembrarei.

Time HIT!: O que vocês querem que os fãs ao redor do mundo sintam quando assistirem a uma performance de vocês no palco?

WANGKE: Esperamos que, depois de assistir ao nosso show, todos possam sentir calor, extrair força dessa sensação e ganhar coragem para enfrentar qualquer coisa. Não importa as dificuldades que cada um esteja passando, após a nossa apresentação, esperamos que possam ter a determinação de seguir em frente e a bravura de enfrentar tudo.

Time HIT!: Olhando para a jornada de vocês até aqui, qual foi a maior mudança que notaram, tanto pessoal quanto profissionalmente?

RUAN: Me tornei mais centrada tanto na vida pessoal quanto profissional. Fiz as pazes comigo mesma, abracei minhas imperfeições e deixei que elas alimentassem minha motivação. Vamos nos esforçar juntos para nos tornarmos versões ainda mais extraordinárias de nós mesmos.

Time HIT!: Como vocês veem a crescente influência da Ásia na cena global de entretenimento? Há referências das culturas asiáticas que inspiram o trabalho de vocês?

QIAO YIYU: Sinto muito orgulho. E quero ser uma das pessoas que ajudam a expandir a música japonesa pelo mundo!

Time HIT!: Fazer parte de um grupo multicultural também significa representar suas raízes. Que parte da sua cultura vocês mais se orgulham e gostariam que o mundo entendesse melhor?

DIDI: O aspecto cultural de que mais me orgulho é esse espírito de resiliência gentil, porém firme, aquele em que as mulheres são poderosas e, ao mesmo tempo, atenciosas e resistentes. Acho que isso também se reflete em Gen1. Por exemplo, a música Pretty Rose é como uma flor que pode florescer mesmo com espinhos. Espero que o mundo possa sentir essa beleza da resiliência coexistindo com a delicadeza.

Time HIT!: Agora, para que possamos conhecer vocês um pouco melhor: têm algum hobby ou talento secreto? O que gostam de fazer no tempo livre?

XUEYAO: Na verdade, gosto muito de cozinhar no meu dia a dia. É muito gratificante transformar os ingredientes, passo a passo, em pratos deliciosos. O mesmo vale para a criação. Prestamos mais atenção aos detalhes e às camadas do trabalho, e desfrutamos da alegria e da felicidade trazidas pela conclusão da obra.

Time HIT!: Quando tiverem a oportunidade de se apresentar no Brasil, qual seria a primeira experiência que gostariam de ter aqui?

PAILIU: Na minha primeira viagem ao Brasil, anseio por correr livremente no meio da rua ou dirigir por aí à vontade. Sentir de verdade o charme da música ao vivo ou dançar na terra vibrante do Brasil, porque realmente espero ter a chance de ir um dia.

Time HIT!: Falando em Brasil, há algum gênero musical, comida tradicional ou festival que vocês têm curiosidade de conhecer?

YEAN: Sou realmente fascinada pelo samba e pelo Carnaval, por causa da atmosfera que faz cidades inteiras dançarem juntas. Também adoraria experimentar a comida tradicional brasileira. Fico pensando se os sons da música e os sabores da comida poderiam me trazer uma nova inspiração.

Time HIT!: Para encerrar a entrevista de forma especial, deixem uma mensagem para os W1NGS brasileiros.

EMMA: Não importa o quão distantes estejamos, sempre nos mantemos em nossos corações. Quando finalmente chegarmos ao Brasil, esperamos cantar e dançar junto com vocês, e compartilhar a história dos Gen1es com todos vocês.

Instagram: @gen1es_official

X: @Gen1esOfficial 

TikTok: @Gen1es_official

Spotify: @Gen1es

Videoclipe oficial de “Vroom” (Créditos: Reprodução/Gen1es_official/Youtube)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *