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“Ainda Estou Aqui” estreia na Coreia do Sul com sessões esgotadas e paralelos históricos 

O longa brasileiro “Ainda Estou Aqui“, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional, estreou na Coreia do Sul, primeiramente no Festival Internacional de Cinema de Jeonju, com sessões esgotadas. 

Dirigido por Walter Salles, o filme retrata a ditadura militar no Brasil (1964-1985) e encontrou ressonância no público sul-coreano, que também viveu sob regimes autoritários entre 1961 e 1987.  

A escolha do filme para o festival ganhou força não apenas pelo reconhecimento do Oscar, mas pelas semelhanças entre as trajetórias políticas dos dois países. Moon Seok, um dos organizadores do evento, falou para a Folha que “a luta brasileira pela democracia é a mesma da Coreia do Sul”. 

A narrativa do filme, que acompanha a busca de Eunice Paiva (Fernanda Torres) por seu marido desaparecido durante a ditadura, ecoa dramas vividos por famílias sul-coreanas. 

A atual crise política na Coreia do Sul, desencadeada pela tentativa de declaração de lei marcial no país pelo ex-presidente Yoon Suk Yeol em dezembro do ano passado, também influenciou a popularização do longa no país. 

Com a destituição unânime de Yoon Suk Yeol pela Corte Constitucional em 4 de abril deste ano, a Coreia do Sul iniciou um processo acelerado para escolher um novo presidente, marcando eleições para 3 de junho.

Com um contexto político unificante, “Ainda Estou Aqui” chega à Coreia como ponte para reflexões sobre a memória e a luta pela democracia.

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Sobre o autor

Jornalista formada pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). Apaixonada por música, cultura pop e línguas estrangeiras. Sugestão de pautas: ylanalira@hotmail.com

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