Se você ainda não conhece James An, vale a pena prestar atenção: o artista coreano-canadense é uma das vozes mais promissoras do rap alternativo atual. Com um estilo que mistura vulnerabilidade e muita autenticidade, James vem ganhando espaço com letras que fogem do senso-comum. Suas composições falam sobre saúde mental, amadurecimento, identidade e as pressões de “vencer”. Temas muito presentes na juventude atual.
Agora, com os lançamentos de “Blue Ink” (feat. Nosun) e “Hypocrite” (feat. KP), ele aprofunda ainda mais o seu discurso, com versos que revelam tanto suas dores quanto sua revolta.
Se você ainda está na dúvida se deve apertar o play, aqui vão alguns motivos para te convencem:
1. Rimas que contam uma história real
Em “Blue Ink”, James An divide o microfone com o artista Nosun para retratar a trajetória de quem saiu “das ruas” para conquistar seu espaço na cena. A repetição do verso “got a long way to go but came a long way” sintetiza não só a resiliência como a consciência de que a caminhada ainda não acabou.
2. Letra introspectiva com crítica social afiada
Já em “Hypocrite”, James troca o tom reflexivo por uma crítica cortante ao jogo de aparências que presenciamos na sociedade. Ele fala sobre falsidade, inveja e hipocrisia, comparando o ambiente ao de uma selva onde “baratas míopes” e “estilo contagioso” são mais regra do que exceção. É uma faixa perfeita para quem gosta de letras com uma mensagem forte.
3. Sonoridade minimalista que amplifica a mensagem
Não espere batidas comerciais ou refrões pegajosos. A proposta de James An é mais densa e introspectiva. A produção de ambas as faixas aposta em atmosferas nebulosas e bases cruas, o que destaca ainda mais a força das palavras escritas pelo próprio artista.
4. Para quem gosta de rap que vai além do entretenimento
Se você é fã de artistas como Kendrick Lamar, RM (BTS) ou até do começo da carreira de Tyler, The Creator, vai se identificar com a entrega de James An. O rap aqui não é só rima: é reflexo, catarse e um grito por espaço em meio à barulheira de trabalhos sem propósito e puramente comercial.
Com “Blue Ink” e “Hypocrite”, James An não apenas solidifica sua identidade artística como também prova por que tem sido apontado como um dos nomes mais relevantes da nova geração do rap alternativo. Suas faixas mais recentes funcionam como cartas abertas (íntimas, intensas e necessárias) que dialogam com questões pessoais e coletivas.
E aí, te convencemos? Depois comente conosco o que achou dessa obra-prima e se já acompanha o James An.

