A crise política da Coreia se agravou na madrugada de hoje (27), quando o Parlamento da Coreia do Sul aprovou o impeachment do presidente interino Han Duck Soo, que assumiu o cargo em 14 de dezembro após o afastamento de Yoon Suk Yeol.
A decisão da Assembleia Nacional foi motivada pela recusa de Han em nomear três juízes do Tribunal Constitucional sem um acordo entre os partidos.
Essa é a primeira vez que ocorre um impeachment de um líder durante o exercício de um interinato, em outras palavras, quando um presidente substituto também é impeachmado.
Por mais sem precedentes que seja, o impeachment de Han pode ser contestado e passar por uma revisão legal, já que o Partido do Poder Popular, no poder, prometeu contestar a legalidade e o efeito do impeachment.
Um impeachment presidencial requer uma maioria de dois terços de todos os legisladores, 200 votos para ser aprovado, como foi o caso de Yoon Suk Yeol que recebeu 204 votos.
A moção desta sexta-feira obteve 192 votos de apoio. No entanto, segundo o líder da Assembleia, como se trata de um presidente interino e não eleito por meio de votos em si, o que deve ser considerado é o fato dele ser um membro do Gabinete e, para isso, 151 votos seriam o suficiente para o impeachment de Han.
Caso o impeachment seja de fato confirmado e não contestado, Choi Sang Mok, vice-primeiro-ministro e ministro da Fazenda, assume o cargo de presidência interina.
Em comunicado, Choi enfatizou a importância de garantir a estabilidade na governança e minimizar a confusão nos assuntos de Estado. Ele também prometeu se esforçar para manter a segurança nacional e fortalecer a economia para que a vida cotidiana dos cidadãos não seja afetada.
