Nesta quinta-feira (11), Marcus D’Almeida brilhou mais uma vez no cenário internacional. O brasileiro conquistou a medalha de prata no recurvo individual do Mundial de Tiro com Arco, realizado em Gwangju, na Coreia do Sul. A decisão foi emocionante e definida apenas por centímetros, o espanhol Andrés Temiño levou o ouro com 10 a 9 no tiro de desempate.
Por meio de sua rede social, o atleta comentou: “Um combate apertado, decidido na ‘flecha de morte’. O ouro não veio por pouco, não fui tão preciso, mas estou feliz demais com o meu resultado. Obrigado a todo mundo que torceu por mim.”
A campanha foi marcada por superação e momentos especiais. Um deles foi a vitória contra o sul-coreano Kim Woojin, dono de cinco ouros olímpicos (incluindo o individual em Paris-2024) e mais dez títulos mundiais. Kim já havia sido adversário de Marcus na final do Mundial de 2021 e também nas oitavas da Olimpíada em Paris. Desta vez, a história foi diferente. “Foi um combate lindo, de altíssimo nível. Na última série, eu precisava de uma pontuação perfeita e, sim, eu consegui”, destacou Marcus.
Os bastidores da competição também trouxeram desafios. No primeiro dia de treinos, a lâmina do arco principal quebrou, obrigando Marcus a improvisar com novos equipamentos. “Comecei o classificatório com meu arco amarelo. Senti que não estava tão preciso e acabei fazendo uma pontuação mediana”, contou. No mesmo dia, disputou o torneio por equipes ao lado de Matheus Gomes e Matheus Zwick. O trio fez história ao conquistar o 4º lugar, o melhor resultado do Brasil em Mundiais de tiro com arco por equipes.
Marcus ainda relembrou um momento decisivo no início da fase eliminatória individual: “O primeiro confronto foi com o arco amarelo. Havia bastante vento e o arco não estava perdoando. Tomei uma decisão ousada e troquei para meu arco azul no meio do combate. Perdi o primeiro set (precisava ajustar a mira), mas logo em seguida consegui avançar.”
Com a medalha em Gwangju, Marcus D’Almeida chega ao seu terceiro pódio consecutivo em Mundiais: prata em Yankton 2021, bronze em Berlim 2023 e agora novamente prata em 2025. O resultado consolida o carioca de 27 anos como um dos maiores nomes do tiro com arco mundial e reforça seu papel histórico no esporte brasileiro.
