Na madrugada deste domingo (19), um tribunal na Coreia do Sul foi atacado por manifestantes em protesto contra o mandado de prisão do presidente Yoon Suk Yeol, acusado de impor ilegalmente a lei marcial.
A manifestação em apoio ao presidente em frente ao Tribunal Distrital Ocidental de Seul atraiu cerca de 44 mil pessoas, e alguns ignoraram avisos da polícia sobre as consequências de suas ações. 1.400 policiais de choque foram enviados para controlar a situação, resultando em 87 pessoas detidas, sendo 46 no local, que podem enfrentar penas de multa de até 10 anos de prisão.
Imagens mostram manifestantes invadindo o tribunal e quebrando janelas, além de agredirem policiais e jornalistas em sua busca pelo juiz que tomou a decisão do mandado de prisão. Durante a invasão, o interior do tribunal também foi vandalizado por escudos roubados dos policiais, pedras e extintores, o que ocasionou um caminho de destruição de equipamentos que levam até o sétimo andar.
Durante a noite anterior, manifestantes já haviam cercado e danificado veículos utilizados na investigação que apura as ações de Yoon. Quando a decisão judicial foi anunciada, a situação escalou rapidamente.
A Procuradoria Suprema e a Polícia Nacional classificaram a situação como um “sério desafio ao estado de direito” e anunciaram medidas rigorosas contra os envolvidos. A investigação também buscará determinar se YouTubers de extrema-direita incitaram a violência.
O tribunal anunciou que suas operações voltarão ao normal, mas restrições de acesso serão impostas. Essa foi a primeira vez que ocorreu um tumulto em um tribunal sul-coreano.