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HIT!Games: Stellar Blade: O que é aceitável por um bom gameplay?

Design: Vicky Barros 

O foco na hipersexualização faz com que partes boas do jogo se percam 

São Paulo, 11 de novembro de 2024.

Stellar Blade” (2024) é o primeiro jogo para console da desenvolvedora coreana Shift Up. Distribuído exclusivamente para PlayStation 5, a narrativa acompanha EVE, membro do 7⁠º Esquadrão Aéreo, que chega em uma terra pós-apocalíptica. 

Porém, o planeta está dominado pelos Naytibas uma espécie de monstro que destruiu a humanidade. Nossa protagonista então tem em vista desvendar os mistérios do passado escondidos nas ruínas da civilização humana, e acaba por descobrir verdades que não imaginava. 

Gameplay atraente 

Com reviews e elogios em sites como TechTudo, Metacritic e GameSpot, a parte de jogabilidade da obra é um ponto forte a se destacar. 

Segundo Adriano Assunção, repórter de jogos do site TechTudo: “EVE é uma personagem fluida e muito habilidosa, fazendo com que os milhões de sequências iguais de ataques sejam sempre tão legais quanto a primeira. Não à toa, como já foi dito, a jogabilidade carrega a primeira parte do jogo nas costas.” 

Outro ponto notável é a trilha sonora, detalhes como o das espadas batendo, os sons dos bloqueios e os resmungos dos monstros, criam uma boa ambientação. 

Os desenvolvedores escolheram apostar em gêneros de música ecléticos, que fogem da linha criativa segura dos jogos nesse estilo. Estilos mais amenos e também barulhentos, como K-POP e Rock Hardcore fazem parte da composição. 

Erros desgastantes

Além de elogios, existem pontos de críticas relevantes sobre o jogo, como a hipersexualização de EVE. De acordo com Gustavo Bonato Abrão em review para o site Adrenaline: “Infelizmente, EVE não precisava ser tão sensualizada para demonstrar toda a sua força”. 

Stellar Blade” (2024) recebeu uma classificação apenas para adultos na Coreia do Sul, devido ao seu conteúdo explícito, incluindo nudez, violência e uma abordagem sexualizada no design dos personagens.

Hyung-Tae Kim, diretor do jogo, defendeu essas escolhas de design, explicando que, de uma perspectiva de terceira pessoa, a visão do jogador é predominantemente voltada para as costas do personagem, daí a ênfase em tornar essa visão atraente.

EVE também é descrita em avaliações como metódica e sem graça, é como se ela fosse rasa e não sentisse emoções, independente do que acontece a sua volta, parece que os desenvolvedores gastaram muito tempo em seu físico e não em sua personalidade. 

Vale a pena jogar? 

Por ter uma jogabilidade interessante e uma ambientação bem bonita, “Stellar Blade” (2024) é um jogo que vale a pena, porém poderia ser melhor caso focasse mais em sua narrativa e construção de mundo. 

Fontes: (1), (2), (3), (4). 

Sobre o autor

Jornalista, colunista e assessora de imprensa.
Sou Stay e falo sobre cultura pop no @akoninews.

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