Design: Darlís Santos
Araçatuba, 19 de fevereiro de 2025
Reprodução: X/ @ed_arruda
Na última semana, encontrei essa imagem no twitter que me fez pensar muito, tipo, muito mesmo, por horas e horas. Essa frase me impactou extremamente, porque se tem uma coisa que tenho pavor é de falhar, e por mais que eu entenda toda essa questão de que você aprende com seus erros, o processo é tão doloroso que fica difícil aproveitar. Tudo bem que nem tudo na vida são flores, mas assim, tudo ser espinho também é complicado.
Acredito que isso não é um problema só meu e sim de muitas pessoas que passam a vida buscando respostas para esse questionamento: “Dá para atingir a perfeição? Como? Tem que ter jeito, ser esforçada, ou tem que nascer sabendo?”. Após uma certa análise, cheguei a conclusão que: não existe perfeição e o motivo é bem simples, um tanto quanto óbvio se pararmos para pensar, o ser humano nunca vai estar satisfeito com nada, ou seja, como posso atingir a perfeição que é o ápice de algo, sendo que eu nunca vou achar esse algo o suficiente?
Em uma era onde a busca pela perfeição é tão intensa, acredito que a espontaneidade e a impulsividade se tornaram essenciais, elas vêm para nos libertar desse medo constante de não sermos bons o suficiente. Hoje, cercados por redes sociais e demonstrações públicas de vidas perfeitas, nós nos comparamos o tempo todo e essa pressão leva a uma necessidade de pertencimento quase sufocante.
É preciso começar a enxergar que abrir espaço para a imperfeição e agir com naturalidade pode ser a verdadeira cura para a busca incessante pela validação de outras pessoas. É nela que encontramos nossa autenticidade, quando paramos de tentar encaixar cada detalhe em seu lugar, começamos a enxergar a beleza das coisas como elas realmente são. Afinal, a perfeição não é apenas inexistente, mas também inalcançável, e quanto mais tentamos atingi-la, mais nos afastamos de nós mesmos.
Além disso, tem certas coisas na vida que não são para acontecer e ta tudo bem. (Palavras do nosso querido MARK LEE)
Às vezes você não vai ser bom em tocar um instrumento, porque o seu lugar é o de dançar de acordo com o ritmo deles, ou então, você pode ter dificuldades em falar em público, mas o processo por trás de todo um projeto não existiria sem a ajuda de quem trabalha bastidores para que tudo aconteça. Talvez desenhar não seja o seu forte, mas as palavras que você escreve podem dar vida a uma história que só você poderia contar. No fim, cada um tem o seu lugar no mundo e, às vezes, esse lugar não é nenhum dos que você imaginava, mas é exatamente onde você deveria estar.