Revisão: Allana Aristides
Design: Duda Curvelo
Natal, 10 de maio de 2025
Algumas séries não precisam de grandes reviravoltas para prender o público. Elas chegam com leveza, constroem seus personagens com cuidado e, quando menos esperamos, já estamos completamente envolvidos. “Resident Playbook” é exatamente assim — começa sutil, quase tímida, mas logo se revela ser uma daquelas histórias que aquecem o coração com ternura e sensibilidade.
A série é um spin-off de “Hospital Playlist“, exibida entre 2020 e 2021, e foi criada por Shin Won-ho e Lee Woo-jung, com roteiro de Kim Song-hee. A produção é estrelada por Go Youn-jung (Oh Yi-young), Shin Si-ah (Pyo Nam-kyung), Han Ye-ji (Kim Sa-bi) e Kang You-seok (Um Jae-il).
A trama acompanha um grupo de residentes que dão início à sua jornada no departamento de obstetrícia e ginecologia do Centro Médico Yulje, um setor que é muitas vezes ignorado nas séries médicas, mas que ganha o protagonismo merecido em “Resident Playbook“
No decorrer da série, o que começa como mais uma produção hospitalar, aos poucos se revela uma crônica sensível sobre a vida, o trabalho e os pequenos grandes desafios dos primeiros plantões. Mais do que mostrar técnicas médicas, “Resident Playbook” mergulha nos medos, nas falhas inevitáveis e nos raros momentos de alívio que trazem um pouco de esperança para quem está começando.
No centro disso tudo está Oh Yi-young, uma médica com uma grande dívida financeira que retorna à residência após ter deixado sua carreira em pausa. E recomeçar, como a gente bem sabe, exige mais do que conhecimento — exige coragem. Ela não é perfeita, e talvez por isso seja tão fácil torcer pela personagem. Mas Yi-young não está sozinha nessa jornada.
Entre partos, emergências, café frio e noites em claro, conhecemos médicos que ainda estão aprendendo a exercer a profissão. E, nesse processo, também enfrentam seus próprios dilemas pessoais, inseguranças e crescimentos.
Em “Resident Playbook“, a correria é constante: são plantões exaustivos, emergências imprevisíveis e decisões que precisam ser tomadas no limite do tempo. Mas, mesmo em meio ao caos, a série encontra espaço para mostrar o lado mais humano da medicina: aquele que se manifesta na escuta atenta ao paciente, no cuidado com cada detalhe ou na insistência em não deixar ninguém para trás. É essa mistura de urgência e delicadeza que transforma a rotina dos residentes de Yulje em algo profundamente cativante.
Fonte: (1)