Neste domingo (29), Kim E-bae, CEO da Jeju Air, realizou uma conferência de imprensa para pedir desculpas e se pronunciar em relação à batida e explosão de um dos aviões da companhia. A tragédia aconteceu horas atrás no Aeroporto Internacional de Muan e deixou 179 mortos.
“Expresso meu profundo pesar e ofereço minhas sinceras desculpas a todas as vítimas e suas famílias enlutadas. Atualmente, a causa exata do acidente ainda não foi determinada, e devemos aguardar a investigação oficial por agências governamentais”, declarou Kim.
E acrescentou: “Independentemente da causa do acidente, sinto uma grande responsabilidade como CEO”. Ele também afirmou que não poupará esforços para apoiar os familiares das vítimas e também irá colaborar com as investigações
O chefe da divisão de suporte de gestão da Jeju Air, Song Kyung-hoon, também se pronunciou e revelou que a empresa organizou um centro emergencial no local do acidente, com 260 funcionários que auxiliarão os familiares das vítimas. Também levantou uma equipe que trabalhará junto ao Ministério dos Transportes para identificar a causa da tragédia.
Song ainda acrescentou que a fatalidade não tem relação com a falta de manutenção da aeronave. “Este acidente não é sobre problemas de manutenção. Não pode haver absolutamente nenhum comprometimento quando se trata de manutenção de aeronaves. Há áreas que temos que investigar mais profundamente, determinando a causa exata do acidente. Aqui na Jeju Air, nos preparamos para cada voo cuidadosamente para garantir viagens seguras”, afirmou.
Também houveram questionamentos sobre o avião ter sido usado de forma desgastante e tal fator ter colaborado para o incidente, em relação a isso, Song disse: “Não se pode dizer que o cronograma foi esmagador. Seguimos um cronograma pré-determinado para verificações de manutenção e não deixamos pedra sobre pedra quando se trata de trabalho de manutenção antes das decolagens”.
O diretor não quis aprofundar mais a discussão sobre a causa e encerrou afirmando que já enviou os documentos que comprovam as etapas de manutenção da aeronave ao Ministério de Transporte.
Ao final da coletiva, o CEO e outros membros da equipe administrativa se curvaram perante os jornalistas em sinal de luto e respeito às vítimas.
O modelo envolvido no acidente foi um Boeing 737-800, que estava vindo de Bangkok e não conseguiu efetuar a aterrissagem devidamente, colidindo com um muro e entrando em combustão logo em seguida. A princípio foi identificada uma falha no trem de pouso (rodas que servem para frear a aeronave), entretanto, as autoridades ainda tentam descobrir o que ocasionou isso.
A bordo estavam 181 pessoas, das quais apenas dois sobreviveram (um homem e uma mulher que são membros da tripulação e estavam na parte de trás do avião ). O fato se tornou o primeiro acidente fatal da companhia em seus 19 anos de existência. Também está sendo reportada como a maior tragédia aérea na Coreia do Sul até agora.

