Em 16 de outubro, foi ao ar mais uma edição do quadro “Press Perspective”, do telejornal sul-coreano Arirang News. O seguimento serve como um painel para profissionais da imprensa e especialistas sobre Coreia do Sul. E dessa vez, a editora-chefe e fundadora da HIT!, Carol Steinert, foi convidada para dar um panorama de como o fenômeno da Hallyu se manifesta no Brasil e em toda América Latina.
A conversa se iniciou abordando o fato recente da escritora sul-coreana Han Kang ter ganhado o Prêmio Nobel de Literatura. Ao ser perguntada sobre como os fãs latinos recepcionaram o feito, Carol comentou que todos ficaram orgulhosos da autora. Também disse que a literatura coreana tem sido altamente apreciada por aqui e mencionou como os títulos sul-coreanos ficaram entre os mais vendidos na última Bienal do Livro de São Paulo, que aconteceu em setembro.
Mais adiante, a âncora pede para que a editora-chefe falasse sobre a popularização do K-pop na América Latina. Nesse ponto, Carol trouxe sua perspectiva e expertise ao trabalhar 11 anos com K-pop e exemplificou o crescimento do gênero citando o BTS como exemplo e como suas apresentações no Brasil foram ganhando cada vez mais público.
Também houve um momento que a fundadora da HIT! descreveu um pouco como o público brasileiro se comporta dentro do mercado de música coreana. Ela destaca que por aqui é comum que as pessoas sejam multifandom, isto é, gostem mais de um grupo ao mesmo tempo e que as empresas sul-coreanas tem notado essa movimentação dos fãs latinos em geral.
E falando desse aspecto do olhar das empresas para o mercado sul-americano, também é perguntado como Carol vê a iniciativa da JYP Entertainment em querer fazer um grupo Latino, com o projeto L2K. Sobre isso, ela disse que a ideia pode ser viral por aqui, mas ressaltou que é importante tomar cuidado com estereótipos e que para isso, é importante as empresas fazerem pesquisas aprofundadas para retratar a diversidade que existe aqui.
E os ser questionada sobre o que faz o K-pop ter esse poder, Carol revelou: “Essa é uma pergunta difícil porque acredito que isso não pode ser definido por apenas uma coisa. K-pop é uma combinação de vários elementos artísticos juntos. E no Brasil, nós gostamos de ter esse sentimento de pertencimento, então no K-pop muitas vezes formamos comunidade e fanbases, nos juntamos para falar de K-pop, cultura coreana , para ir em restaurantes coreanos (…) então construímos nossa vida ao redor da cultura coreana, então é importante para gente”.
Ainda sobre isso isso, ela também destacou algumas razões pelas quais a indústria musical da Coreia do Sul se torna atrativa. “A combinação de dança, moda, visuais, cinematografia… tudo isso é bem atrativo e envolvente para nós. (…) Eu digo muito que o K-pop não é um gênero musical e sim um estilo de vida porque realmente define cada aspecto de nossa vida”.
Além da música, as apresentadoras também discutiram sobre os outros elementos da K-culture, como K-beauty, K-art, K-food e ficam curiosas se essas outras áreas também fazem sucesso no Brasil e América Latina. Sobre isso, Carol afirmou que por aqui os fãs entram de cabeça para saber mais sobre a cultura de seus ídolos e são influenciados pelas celebridades a consumir K-culture.
Por fim, ela citou o Bom Retiro, bairro com uma grande comunidade de coreanos e como as pessoas vão até lá para participar de eventos, frequentar restaurantes e vivenciar um pedaço da Coreia do Sul no Brasil.
A entrevista se encerra com a ancora dizendo que ficou impressionada ao saber do grande impacto que a cultura coreana está fazendo no Brasil.
Assista ao bate-papo completo abaixo:
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