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Agente anticorrupção responsável por investigar a primeira-dama sul-coreana é encontrado sem vida

Segundo reportagem feita pelo The Korea Herald ontem (9), um funcionário público que trabalhava para a divisão anticorrupção da Coreia do Sul foi encontrado m0rto na última quinta-feira (8). Ele foi responsável por conduzir uma investigação contra a primeira-dama Kim Keon Hee.

Eram aproximadamente 9h45 da manhã quando uma pessoa foi ao apartamento do agente, em Seojong, após ele ter se ausentado no tralhabo e não ter atendido a ligações. Chegando lá, a testemunha se deparou com o funcionário sem vida e uma nota de su*cid*o. 

A polícia foi chamada e segue averiguando as causas exatadas da fatalidade. 

O agente já havia desempenhado o papel de diretor interino no departamento anticorrupção da Comissão Anticorrupção e Direitos Civis, por isso, estava envolvido em grandes inquéritos no meio político. 

Ele estava a frente de casos como de Lee Jae-myung, líder do Partido Democrático da Coreia (oposição) e o qual estava sob alegações de receber favoritismo por ter usado um helicóptero de emergência, após ter levado uma facada enquanto estava realizando uma visita a cidade de Busan, em janeiro deste ano.

Outro grande caso que o funcionário supervisionava, foi a investigação em relação à primeira-dama, Kim Keon Hee. Ela protagonizou um dos maiores escândalos políticos em 2023, após ser filmada supostamente recebendo uma bolsa Dior de presente, no valor de 3 milhões de wons (cerca de 12 mil reais).  

Acontece que, na Coreia do Sul, figuras públicas não podem receber presentes com valor maior a 1 milhão de wons (4 mil reais). Entretanto, o caso da bolsa de luxo foi encerrado em julho pela agência estadual anticorrupção que sustentou o argumento de que a acusação não era válida, visto que não haviam clausulas sobre familiares de pessoas públicas receberem presentes.

A JTBC conseguiu acesso a uma conversa recente que o funcionário fez a um amigo, no qual revelou que outros colegas de trabalho o pressionaram a finalizar o inquérito, o que ele não queria fazer. “Senti uma imensa pressão psicológica”, disse.

Também foram divulgadas mensagens recentes do funcionário, que desabafou a um conhecido por meio do Kakao, dizendo: “Estou me sentindo psicologicamente sobrecarregado, lamento ter decepcionado recentemente. É realmente difícil”.

Fontes: (1) (2) (3) (4)

Sobre o autor

Jornalista brasileira explorando o mundo da música, arte, cultura pop e tudo relacionado a K-culture. 📩 Pautas/Suggestion: virginia.bsoliveira@gmail.com

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