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A escrita que atravessa fronteiras — Cobertura Caminhos da Literatura Coreana no Brasil Han Kang

Design: Jéssica Fernandes

Impacto e sensibilidade

São Paulo, 25 de setembro de 2025

O projeto Caminhos da Literatura Coreana no Brasil: Han Kang promovido pelo Sesc Pinheiros em parceria com a Editora Todavia, recebeu a jornalista e escritora Iara Biderman para um bate-papo sobre a obra de Han Kang, autora sul-coreana e vencedora do Nobel da Literatura em 2024, que se tornou uma das vozes mais potentes da literatura contemporânea.

Biderman iniciou a conversa ao contextualizar o impacto de “A Vegetariana”, romance que em 2016 conquistou o International Booker Prize. Segundo ela, “esse prêmio não só projetou Han Kang no cenário internacional, como também abriu as portas para que a literatura sul-coreana fosse vista com outros olhos. Foi um divisor de águas”.

Ao comentar o estilo da autora, a pesquisadora destacou o equilíbrio entre força e lirismo em suas narrativas: “Han Kang escreve sobre violência, corpo, trauma e memória com uma intensidade rara, mas sempre com uma linguagem contida, quase poética. É justamente essa combinação que cria o choque e a beleza de suas obras”.

O debate também revisitou os caminhos que levaram o nome de Han Kang como vencedora do Nobel de Literatura. Desde dos comentários e falas da crítica especializada ao grande interesse do público leitor, por meio do TIKTOK e clubes de leitura. 

Outro ponto discutido foi a recepção global da autora. “O curioso é que, embora profundamente coreanos, os livros de Han Kang tratam de temas universais. Por isso ela consegue dialogar com leitores do Ocidente, do Brasil ou de qualquer outro lugar. Dor, opressão e desejo de liberdade são experiências humanas, e não somente coreanas”, afirmou.

Para o público presente, a conversa foi também um convite a repensar a literatura contemporânea sul-coreana como um campo fértil de inovação. Biderman ressaltou a importância da parceria com a editora, Todavia, responsável por trazer ao português obras como “A Vegetariana” e “Atos Humanos”: “Ter essas obras acessíveis no Brasil é fundamental. A tradução abre pontes, e é por meio dela que essas vozes atravessam fronteiras”.

Ao final, ficou claro que além de Han Kang ser autora premiada, sua escrita é uma ponte entre culturas, uma voz literária capaz de conectar leitores de todo o mundo.

Sobre o autor

Jornalista, colunista e assessora de imprensa HIT!
Sou STAY e você pode ver mais conteúdos meus no @akoninews.

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