No dia 7 de agosto, autoridades da Coreia do Sul confirmaram que um homem norte-coreano tentava entrar no país a nado. De acordo com o exército sul-coreano, o homem saiu na noite do dia 30 de julho, nadando por cerca de 10h, e conseguiu atravessar a fronteira marítima, apenas flutuando com um pedaço de isopor.
O resgate ocorreu por volta das 4h da manhã do dia 31 de julho, na Ilha de Ganghwa, que fica aproximadamente a uns 10 quilômetros da fronteira da Coreia do Norte. Ao ser encontrado, o homem acenou pedindo ajuda e declarou seu desejo de desertar para a Coreia do Sul ao oficial da Marinha sul-coreana que o interrogou.
A chamada Linha de Limite Norte, na costa oeste da Península Coreana, já serviu como rota para diversos fugitivos que tentam chegar até a ilha vizinha. Essa rota marítima é uma das mais vigiadas do mundo, o que torna a fuga ainda mais arriscada. Embora muitos norte-coreanos tentam fugir do regime autoritário de Kim Jong-un, a maioria escolhe rotas terrestres através da China. As tentativas de fuga pela fronteira marítima são incomuns por conta da forte presença militar, e claro, os riscos naturais da travessia.
Desde a divisão da península após a Guerra da Coreia, em 1953, dezenas de milhares de norte-coreanos conseguiram chegar à Coreia do Sul, mas a relação entre os países permanece tensa. Acordos para reduzir conflitos foram abandonados recentemente, e a Coreia do Norte intensificou seu arsenal nuclear, mantendo o Sul como seu principal adversário.
Apesar dos esforços do governo sul-coreano para melhorar o diálogo com Pyongyang, acontecimentos como esses, ressaltam as dificuldades e o clima de instabilidade que ainda marcam a península coreana.
Atualmente, o homem está sob custódia das autoridades sul-coreanas, que investigam as motivações e circunstâncias de sua corajosa fuga.
Isso sim é que é “conseguir o impossível”!

