A Justiça sul-coreana confirmou nesta quarta-feira (25) a decisão liminar que proíbe as cinco integrantes do NJZ (NewJeans) de realizarem atividades individuais sem autorização da ADOR, empresa responsável pelo gerenciamento do grupo.
Segundo a imprensa coreana, fontes do meio jurídico alegaram que o grupo não apresentou recurso dentro do prazo legal de sete dias após a notificação da decisão da segunda instância, tornando a liminar oficialmente válida. Com isso, as artistas permanecem impedidas de negociar ou atuar de forma independente, incluindo contratos publicitários, aparições em mídia ou atividades musicais, sem o consentimento prévio da empresa.
Liminar reforça vínculo contratual com a ADOR
O caso teve início após a ADOR, subsidiária da HYBE, entrar com uma ação solicitando a preservação de seu status como agência oficial do grupo, alegando que as integrantes pretendiam seguir com atividades por conta própria. A Justiça acatou o pedido em março deste ano e proibiu o grupo de atuar sem autorização da empresa.
As integrantes recorreram da decisão, alegando quebra de confiança com a ADOR, principalmente após a demissão da CEO Min Hee-jin, considerada peça-chave no projeto do ‘NewJeans’. No entanto, o Tribunal manteve a liminar em 17 de junho, e agora, com a ausência de recurso por parte do grupo, a proibição foi confirmada de forma definitiva.
Segundo a decisão, a Justiça entendeu que a saída das integrantes do contrato exclusivo de forma unilateral causaria prejuízos irreparáveis à ADOR, que investiu no desenvolvimento do grupo. O tribunal também apontou que não há, no contrato, qualquer cláusula que condicione o vínculo com a empresa à presença de Min Hee-jin como CEO ou produtora.
“A demissão da ex-CEO decorre de conflitos internos com a HYBE e não configura uma quebra de confiança direta entre a empresa e as integrantes”, afirmou o juiz responsável pela decisão.
Entenda o caso
O conflito veio a público em novembro de 2024, quando as integrantes do NJZ (NewJeans) anunciaram a rescisão contratual com a ADOR, alegando descumprimentos por parte da empresa. Durante uma coletiva de imprensa, o grupo entregou uma notificação extrajudicial pedindo a reintegração de Min Hee-jin e reivindicando mudanças na gestão. Mesmo assim, prometeram cumprir compromissos já firmados, como agendas e contratos de publicidade e indicaram intenção de seguir com atividades de forma independente.
Em resposta, a ADOR entrou com uma ação judicial pedindo o reconhecimento da validade do contrato exclusivo, além de uma liminar para impedir as atividades autônomas das integrantes, que agora foi confirmada pela Justiça.
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