Nesta quinta-feira (05), ocorreu a segunda audiência do processo da ADOR para validar o contrato com o NewJeans (NJZ) no Tribunal de Seul.
O tribunal fez um apelo pela conciliação, dirigindo-se especificamente aos representantes do grupo: “Vocês considerariam um acordo? É uma pena tão grande, então estou incentivando vocês a pensarem nisso novamente”, disse o juiz, acrescentando: “Sei que disseram não antes, mas, da perspectiva do tribunal, é realmente lamentável. Têm certeza de que não querem um acordo?”.
Apesar do apelo, o grupo manteve sua recusa. “A relação de confiança já está completamente destruída. Cruzamos um rio sem volta”, afirmou o advogado do NJZ (NewJeans).
A ADOR, por sua vez, adotou uma postura mais aberta, sugerindo que um acordo poderia ser viável “após o tribunal chegar a uma conclusão”.
Durante a audiência, o ADOR acusou o NewJeans (NJZ) de “mudar constantemente os motivos” para a rescisão contratual e reforçou ter feito “todos os esforços” para garantir a continuidade das atividades após a saída da ex-CEO Min Hee-jin. Em contrapartida, o NJZ (NewJeans) manteve que o que o motivo central da rescisão foi a falha da ADOR em implementar medidas de proteção às artistas, argumentando que o sistema de gestão entrou em colapso com a saída de Min Hee-jin.
No âmbito processual, o tribunal aceitou parcialmente um pedido de esclarecimentos do NewJeans (NJZ), exigindo que a ADOR detalhe: (1) se houve discussões sobre o impacto da demissão de Min Hee-jin nas atividades do grupo; e (2) se o conselho de administração adotou medidas proativas antes do pedido de proteção das integrantes.
Em desdobramento paralelo ao caso – mas que pode influenciar o rumo da decisão e que por isso foi anunciado durante a audiência – o tribunal aceitou como prova as mensagens do KakaoTalk apresentadas pela Source Music em seu processo de ₩500 milhões contra Min Hee-jin.
Durante a audiência de 30 de maio entre a a Source Music e a Min Hee-jin, a defesa de Min contestou as provas, argumentando que as conversas foram obtidas ilegalmente. A Source Music rebateu afirmando que “Min Hee-jin enviou pessoalmente os arquivos para um parceiro externo via e-mail corporativo da HYBE, permanecendo nos servidores da empresa”. Sendo aceito como prova pelo juiz, a ADOR agora poderá utilizar as mensagens como prova, caso queiram, no caso da sua disputa contratual com o NewJeans (NJZ).
A terceira audiência do caso está marcada para 24 de julho.

