Em 2025, as universidades mais prestigiadas da Coreia do Sul endureceram seus critérios de admissão e passaram a considerar o histórico disciplinar com o mesmo peso das notas. Seis grandes instituições rejeitaram 45 candidatos, incluindo estudantes com desempenho de excelência no CSAT — o exame nacional — devido a registros de violência escolar.
A mudança ganhou tração após o escândalo de 2023 envolvendo o filho de um ex-procurador, admitido na Seoul National University (SNU) apesar de um histórico de bullying que resultou em transferência escolar. O caso gerou forte indignação pública e pressionou universidades a reformular seus processos.
Desde então, instituições como a Kyungpook National University adotaram sistemas de dedução de pontos: punições leves podem tirar 10 pontos, casos moderados resultam em perdas de 50 pontos, e infrações graves podem reduzir até 150 pontos do total do candidato. Duas das maiores universidades educacionais do país irão ainda mais longe a partir de 2026, desqualificando qualquer estudante que tenha qualquer anotação de bullying independentemente do nível.
A nova política, no entanto, abriu espaço para questionamentos legais. Advogados afirmam que estudantes acusados estão recorrendo à Justiça para tentar anular punições escolares e, assim, manter chances de aprovação.
Enquanto defensores veem a mudança como um avanço necessário para reforçar responsabilidade e ética, críticos alertam que ela pode limitar a reabilitação de jovens que já cumpriram sanções, criando desigualdades no processo seletivo.
O debate permanece: até onde universidades devem ir ao avaliar comportamento passado de seus futuros alunos?
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