Nesta segunda (12), o Tribunal Distrital Central de Seul expediu mandado de prisão contra Kim Keon Hee, esposa do ex-presidente Yoon Suk Yeol, acusada de manipulação de preços de ações e outros crimes, tornando-a a primeira ex-primeira dama do país a ser presa.
A decisão ocorre enquanto Yoon já está em detenção preventiva, respondendo a acusações de insurreição.
Segundo a Corte, houve risco de destruição de provas, inconsistências nos depoimentos e possibilidade de coordenação de versões com ex-assessores e outros investigados. Após a decisão, Kim, que aguardava o resultado no Centro de Detenção de Seul Nambu, iniciou imediatamente os trâmites para o encarceramento.
Ela é acusada de três principais delitos: Violação da Lei de Mercados de Capitais; Violação da Lei de Fundos Políticos e Violação da Lei de Punições Agravadas para Crimes Específicos.
Na audiência de ontem, a equipe de investigação especial defendeu a prisão, alegando alto risco de destruição de provas. A defesa negou todas as acusações e afirmou que Kim está com a saúde fragilizada e não oferece risco de fuga.
O caso tem ganhado contornos de escândalo também por causa de presentes de luxo. A promotoria afirma que a construtora Seohee deu a Kim, em 2022, um colar Van Cleef & Arpels pouco depois da posse de Yoon. Ela teria usado a joia na viagem à Cúpula da OTAN. Investigadores dizem que a peça foi posteriormente recuperada pela empresa e entregue às autoridades.
Kim sustenta que o colar usado era falso, adquirido em Hong Kong em 2010, mas a promotoria aponta que o modelo só foi lançado em 2015, reforçando a suspeita de que a joia era autêntica e de origem ilícita.
Com o mandado expedido, promotores devem ampliar as investigações, que já colocam o casal Yoon no centro de um dos maiores abalos políticos recentes da Coreia do Sul.
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