São Paulo, 20 de agosto de 2023
Texto por Larissa Leal (@heylaure_)
O que mais poderia combinar com o recorde de maior pré-venda de álbuns na história do K-pop, com mais de 4 milhões de cópias vendidas? Isso mesmo, um MV de proporções gigantes mostrando todo o poder do SEVENTEEN!
Enquanto “F*ck My Life ” se encarrega dos raps e vocais, “Super” é claramente uma track voltada para coreografia e performance e já fez um trabalho incrível introduzindo tracks, mesmo sendo apenas a primeira title do novo mini-álbum. Em oposição à “F*ck My Life “, “Super ” segue um estilo mais pesado, tanto nos visuais como na própria batida da música, que utiliza o recurso do anti-drop no refrão e traz ainda mais impacto à mudança que ocorre ao final da música.
Somos como Son Oh-Gong
Com direito a instrumentos típicos coreanos e cenas com hanboks, “Super” explora a mitologia chinesa e traz diversas referências ao personagem Sun Wukong (ou Son Oh-Gong, em coreano) e nos encanta com visuais poderosos e uma coreografia impecável.
O personagem Son Oh-Gong, o Rei Macaco, surge no romance chinês “Jornada ao Oeste”, escrito por Wu Cheng’en por volta do ano de 1500. O personagem ficou extremamente popular e deu origem a diversas obras baseadas no romance, como o dorama Odisséia Coreana, o personagem Goku de Dragon Ball e, agora, o novo MV do SEVENTEEN.
Com seus poderes de transformação, clonagem, força descomunal e até mesmo capacidade de se movimentar através das nuvens, Son Oh-Gong é uma figura extremamente poderosa, mas conhecida por representar mentes confusas e agitadas, e por sua personalidade um tanto excêntrica.
A grande quantidade de dançarinos confere ao MV um efeito incrível quando assistimos a coreografia, e ainda tem o papel de fazer referências aos clones que Son Oh-Gong consegue conjurar. Existe até uma parte específica da coreografia em que podemos ver os dançarinos “se multiplicando” através dos 13 meninos. SEVENTEEN nunca falha em entregar tudo!
I love my team, I love my crew!
Mas por que a escolha do Son Oh-Gong como elemento principal do MV – e da própria letra da música? Ainda analisando sua primeira aparição em “Jornada do Oeste”, o Rei Macaco, mesmo com sua natureza caótica, realizou feitos incríveis para mostrar que não podia mais ser ignorado, se aliou aos reis demônios, se auto proclamou o Grande Rei Sábio e só conseguiu ser detido pelo próprio Buda.
Sendo um grupo de uma empresa inicialmente pequena, SEVENTEEN segue uma jornada parecida: foram promovidos desde seu debut como self-produced idols, presentes na produção das músicas e coreografias, e precisaram escalar seu caminho até o topo, mesmo com todas as adversidades. O grupo se provou tão talentoso que se tornou impossível ignorar o talento dos 13 e, em 4 de maio de 2016, SEVENTEEN ganhava seu primeiro Win da história, um ano depois de sua estreia oficial. Curiosamente, SEVENTEEN conquistou o primeiro Win de “Super” exatamente 7 anos depois, em 4 de maio de 2023, marcando um ciclo de sucesso na carreira do grupo.
“Mesmo que eu faça o meu melhor e caia
Eu não sei desistir, eu continuo sem parar”
— Super, SEVENTEEN
O clipe também não falha em representar todo o orgulho que SEVENTEEN tem de ser SEVENTEEN. Na coreografia colaborativa, na qual um integrante dá origem ao outro, e até mesmo na letra, o grupo demonstra o quanto ama estar junto e sua jornada de determinação e confiança uns nos outros, que completou 8 anos no dia 26 de maio.
“Eu amo meu time, eu amo minha equipe
Enquanto eu subo até aqui
Eu amo meu, graças a isso, nós
É como se eu tivesse me tornado o Sun Wukong”
— Super, SEVENTEEN
Fight for my life
Na contramão do MV de performance que “Super” é, SEVENTEEN nos deu de presente ainda um segundo MV, com direito a storyline e teorias para passarmos a noite acordados. “F*ck My Life” vai receber sua própria análise, mas não poderia deixar de ser citada aqui, representando o lado mais colorido desse mini-álbum que nos foi introduzido por “Super”. O final desse review não poderia ser de outra maneira a não ser com um enorme parabéns e um orgulho que o meu coração Carat não consegue esconder. Parabéns, SEVENTEEN!