Em meio à crise política envolvendo o presidente destituído Yoon Suk-yeol, Park Jong-jun, chefe do Serviço de Segurança Presidencial, compareceu nesta sexta-feira (10), à Sede Nacional de Investigação, em Seodaemun-gu, Seul, para responder a acusações de obstrução à execução do primeiro mandado de prisão contra Yoon.
“Acredito que muitas pessoas estão preocupadas com os conflitos entre as instituições do governo. Não deve haver violência ou derramamento de sangue sob nenhuma circunstância”, enfatizou Park durante sua declaração.
O chefe de segurança declarou que as investigações sobre Yoon devem respeitar o status de um presidente em exercício. Ele criticou os procedimentos atuais de cumprimento do mandado de prisão, alegando que não estão à altura da posição de Yoon. O chefe de segurança também disse que desde o início estava disposto a cooperar com as convocações da polícia, mas justificou a demora no comparecimento devido à preparação de sua equipe de defesa.
Park é acusado de mobilizar cerca de 200 agentes para impedir a ação policial no início deste mês, durante a primeira tentativa de cumprimento do mandado de prisão contra Yoon. Ele afirmou que tentou mediar a crise, entrando em contato com o presidente interino Choi Sang-mok e com a equipe de defesa de Yoon, mas suas propostas não foram aceitas.
O presidente Yoon, por sua vez, argumenta que as acusações de insurreição, relacionadas à imposição temporária de lei marcial em dezembro, não são de competência do Escritório de Investigação de Corrupção para Altos Funcionários (CIO), órgão responsável pelo mandado. Yoon tem se recusado a colaborar com as investigações, aumentando as tensões entre as instituições.