O líder do partido conservador People Power Party (PPP) da Coreia do Sul, Han Dong-hoon, renunciou ao cargo nesta segunda-feira (16), durante uma coletiva de imprensa na Assembleia Nacional, em Seul. A decisão ocorreu após o afastamento do presidente Yoon Suk-yeol no último sábado (14), medida que deu início ao processo de impeachment e gerou grande divisão dentro do partido.
Han declarou que não se arrepende de sua posição, mesmo diante das críticas recebidas. “Jamais trairei os cidadãos, os soberanos da República da Coreia, sob qualquer circunstância”, afirmou. Ele justificou seu apoio ao afastamento como uma medida necessária para proteger a Constituição e a democracia, embora reconheça a dor que isso causou aos apoiadores de Yoon.
O afastamento de Yoon ocorreu após a polêmica declaração de lei marcial, considerada ilegal por Han e outros parlamentares. O episódio gerou indignação pública e levou à renúncia de todos os cinco membros do conselho supremo do PPP, aprofundando a crise na liderança do partido.
Durante sua fala, Han pediu desculpas à população pelos impactos da lei marcial e alertou que o partido conservador não terá futuro se continuar alinhado a teorias da conspiração e extremismos. Ele também criticou o Partido Democrático, de oposição, pela forma unilateral como está conduzindo o processo contra Yoon.
A renúncia de Han marca mais uma mudança na liderança do PPP, que já enfrenta desafios desde que Yoon assumiu a presidência, em 2022. Com o partido dividido e a presidência sob julgamento, o cenário político sul-coreano se torna cada vez mais instável.
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