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Rede de Direitos da Mídia para Crianças e Jovens faz pronunciamento sobre acusações de assédio sexual envolvendo Gaeun (MADEIN) e CEO da 143 Entertainment + ENTENDA O CASO

TW/CW: assédio sexual. 

Nesta terça (26), a Rede de Direitos da Mídia para Crianças e Jovens divulgou uma declaração se pronunciando sobre as acusações de que a Gaeun do MADEIN teria sido assediada sexualmente pelo CEO da empresa.

Eles começaram pontuando o quanto que, com exceção de um número muito pequeno de idols de sucesso, a palavra do CEO de uma agência é absoluta para todos aqueles que estão prestes ou acabaram de estrear, e demonstrando seu choque ao descobrir que alguém tirou vantagem de uma diferença tão avassaladora de status para infligir violência sexual a uma jovem integrante.

“A sociedade coreana precisa refletir sobre o fato de que as relações de poder que tornam tais coisas possíveis existem contra crianças e adolescentes. Na indústria do K-pop, onde a personalidade individual é completamente apagada e os ídolos (trainees) são solicitados a funcionar apenas como produtos, várias formas de opressão e violência são infligidas a eles, e eles têm que aceitar isso. E tais escolhas são completamente escondidas por trás do sucesso de um palco chamativo, e só vêm à tona quando tais incidentes acontecem.”, lamentaram. 

Em adição a isso, eles mostraram revolta em relação a questionabilidade, insuficiência e precariedade do Ministério da Cultura, Esportes e Turismo para tomar iniciativas que protejam esses artistas, citando como exemplo uma revisão de lei que dava a eles a autoridade de investigar e inspecionar empresas, mas que foi descartada devido a oposição da própria indústria do entretenimento. 

Durante o ‘Scandal Supervisor‘ da JTBC, uma integrante de um grupo feminino revelou que foi abusada sexualmente pelo CEO de sua agência após expressar seu desejo de deixar o grupo. Embora a identidade da vítima tenha sido ocultada no programa, usuários de mídia social especularam que era Gaeun (19) do MADEIN com base em imagens de fundo.

A idol revelou que pediu para deixar seu grupo após um ciclo promocional, porém recebeu uma resposta alarmante. O CEO supostamente a coagiu a se tornar sua “namorada por um dia” em troca de conceder seu pedido. O que começou como o que ela supôs que seria um passeio casual se transformou em um encontro horrível. O CEO a trancou em um escritório, apalpou-a e a beijou à força, desconsiderando suas repetidas recusas.

Em uma declaração assustadora, a artista descreveu como ela se concentrou em se proteger de mais danos enquanto o CEO continuava seus avanços por duas horas. “Eu disse não, mas ele continuou fazendo isso”, ela contou, acrescentando que as ações dele a deixaram com medo e impotente.

O incidente veio à tona quando os pais da integrante confrontaram o CEO. Embora inicialmente negasse as acusações, ele mais tarde admitiu ter cometido um “erro” durante uma reunião com os pais. Os pais responderam que suas ações foram intencionais, chamando atenção por seu comportamento inapropriado.

“Você tem cuidado de nossas crianças com segundas intenções”, eles alegaram, acrescentando que sua filha era menor de idade sob a lei civil da Coreia do Sul, que define qualquer pessoa com menos de 19 anos como menor. Apesar das promessas do CEO de renunciar, ele foi flagrado participando das apresentações do grupo e até viajou com os membros para o Japão, deixando a suposta vítima em visível sofrimento.

A controvérsia aprofundou-se quando o “Scandal Supervisor” revelou que o CEO tentou manipular as integrantes do grupo para que ficassem em silêncio. Ele supostamente as reuniu e as pressionou a absolvê-lo de qualquer irregularidade. “Vocês querem continuar com o grupo ou não? Respondam com um X ou um O”, ele supostamente exigiu, intimidando as jovens artistas à submissão.

As ações do CEO, de acordo com um informante, refletiam um esforço calculado para controlar a narrativa e manter sua posição de poder dentro da empresa.

Após a transmissão, a 143 Entertainment divulgou uma declaração oficial negando as alegações: “Queremos esclarecer que não houve assédio sexual ou qualquer outra forma de contato sexual envolvendo abuso de poder entre a integrante mencionada e o CEO da empresa. As alegações relatadas são totalmente falsas”, dizia a declaração. A empresa também contestou as alegações de comportamento inapropriado do hotel, chamando-as de infundadas e afirmando que a situação foi deturpada por partes não relacionadas.

Apesar da negação, a resposta da empresa foi recebida com ampla reação negativa dos internautas, que acusam a agência de ignorar a seriedade das alegações e proteger o CEO.

Para colocar mais lenha na fogueira, os fãs desenterraram um incidente passado envolvendo o mesmo CEO. Miyu, ex-membro do Limelight, um grupo sob a 143 Entertainment, havia falado sobre o comportamento do CEO em uma entrevista com Song Yunhyung do iKON.

“Ele sempre me diz, ‘Mi-chan, você sabe que eu gosto de você, certo?’… Espero que ele reduza para uma vez por ano”, Miyu falou, expressando desconforto com as confissões diárias do CEO. Essa revelação ampliou as preocupações sobre um padrão de comportamento inapropriado dentro da agência.

Gaeun, que estreou no MADEIN em 3 de setembro de 2024, recentemente excluiu suas postagens no Instagram e deixou de seguir o CEO da agência. Em 11 de novembro, a 143 Entertainment anunciou que Gaeun entraria em hiato devido a problemas de saúde, que os fãs agora suspeitam estar relacionados às alegações.

As alegações geraram indignação pública, com os fãs exigindo responsabilização da 143 Entertainment e do CEO. Muitos pediram uma investigação independente e proteções mais fortes para ídolos na indústria do K-pop.

Por favor, se você ou alguém que você conhece está sofrendo com qualquer tipo de agressão ou ofensa sexual, entre em contato com as autoridades e denuncie. Há várias linhas de ajuda disponíveis para fazê-lo. 

Fonte: (1), (2)

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