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Promotoria recusa novamente pedido de mandado de busca contra Bang Si-Hyuk

A promotoria sul-coreana voltou a rejeitar, no dia 15 de junho, o pedido de mandado de busca e apreensão contra Bang Si-Hyuk, fundador e presidente da HYBE, por suspeita de envolvimento em transações fraudulentas. Essa é a segunda vez que a solicitação feita pela Unidade de Crimes Financeiros da Polícia Metropolitana de Seul é negada, intensificando o embate entre os dois órgãos públicos e travando o avanço das investigações.

As suspeitas giram em torno de negociações entre Bang Si-Hyuk e um fundo de private equity (PEF), com indícios de que a HYBE teria informado aos investidores não ter planos para abrir capital, enquanto, na prática, seguia preparando a listagem da empresa na bolsa. O inquérito foi iniciado no fim de 2024, após denúncias sobre conflitos de interesse e possível manipulação de mercado.

O primeiro pedido de mandado foi feito pela polícia em 30 de abril, mas a promotoria do Distrito Sul de Seul recusou. Em resposta, a corporação reforçou a apuração e reapresentou o pedido com mais evidências, que novamente foi negado agora em junho. Como a polícia depende legalmente do Ministério Público para realizar buscas e apreensões, a recusa representa mais um entrave na coleta de provas.

A tensão entre os dois órgãos aumentou após essa segunda recusa, com fontes da polícia alegando que a promotoria estaria tentando tomar o controle da investigação. A crítica é que o Ministério Público, ao ter acesso aos detalhes da apuração durante a solicitação do mandado, pode usar essas informações para justificar a recusa alegando duplicidade e, ao mesmo tempo, avançar com sua própria investigação em parceria com a Comissão de Supervisão Financeira.

“Se a promotoria tem acesso total aos dados sempre que requisitamos um mandado e depois alega que há duplicidade para recusar, como não suspeitar que a investigação está sendo apropriada?”, afirmou uma fonte da polícia em condição de anonimato ao portal Korea Economic Daily.

Casos semelhantes já ocorreram em outras investigações recentes. Em dezembro de 2024, durante o inquérito conhecido como “12·3” (que apurava uma possível tentativa de golpe militar) a promotoria recusou o mandado da polícia contra o Comando de Contrainteligência, apenas para realizar a busca por conta própria no dia seguinte. Em maio deste ano, outra tensão ocorreu quando, durante a tentativa da polícia de obter dados de celulares criptografados da Secretaria de Segurança Presidencial, promotores apareceram no local alegando que também fariam a apreensão, o que gerou atrito na operação.

Com a recusa mais recente, a expectativa é que a polícia reforce novamente o material probatório e reapresente o pedido nas próximas semanas. Até lá, o caso deve continuar alimentando a disputa de bastidores entre as instituições que, desde 2023, travam uma batalha por autonomia nas grandes investigações de interesse nacional.

Fonte: (1)

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