Nesta quinta-feira (5), o Partido Democrático coreano anunciou que aprovará uma moção, processo político-criminal, de impeachment contra o presidente Yoon Suk Yeol no sábado. A votação está marcada para o dia 7 de dezembro, às 7 horas da manhã, horário de Brasília.
A decisão foi tomada após uma reunião de emergência do Conselho Supremo na Assembleia Nacional e a data estabelecida tem por objetivo dar tempo para que o público avalie a moção de impeachment.
A escolha do sábado também foi pensada tendo em mente os membros do conservador Partido do Poder Popular (PPP), partido do presidente Yoon Suk Yeol, para que eles possam ter “tempo suficiente para deliberar sobre os atos inconstitucionais e ilegais de rebelião ou golpe de Estado”.
O anúncio ocorreu após a Assembleia Nacional ter aprovado moções de impeachment contra alguns procuradores, que serão suspensos de suas funções assim que as resoluções forem formalmente entregues.
As moções de impeachment contra os procuradores se dão devido à maneira de lidar com investigações sobre a mudança do escritório presidencial e da Primeira Dama Kim Keon Hee. Eles são acusados de não investigar de maneira correta a primeira-dama por seu suposto envolvimento em um esquema de manipulação de preços de ações ligado à Deutsche Motors.
O porta-voz do Partido Democrático, Jo Seoung Lae, espera a colaboração de todos os parlamentares, incluindo aqueles do partido do presidente, dizendo que “durante a votação para exigir o fim da lei marcial, 18 membros do partido governista compareceram ao salão principal da assembleia e todos votaram a favor [do veto]”, e que o mesmo deve ser feito para “impedir o presidente Yoon”.
Além disso, foi anunciado que um relatório será apresentado à Agência Nacional de Polícia acusando oito indivíduos de insurreição, incluindo o presidente Yoon e o ex-ministro da Defesa Nacional Kim Yong Hyun, que já teve seu passaporte recolhido para que não possa sair do país.