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Os bastidores e as referências reais de KPOP Demon Hunters, a animação coreana que conquistou a Netflix

Revisão: Bia Martins

Design: Duda Curvelo

A Netflix lançou mais um hit global com o filme “Guerreiras do Kpop”, animação que mistura ação, fantasia e K-pop e já entrou no Top 10 de 93 países, liderando o ranking em 26 deles! Além de dominar as telas, o longa também ganhou destaque nas plataformas musicais com uma trilha sonora original assinada pela empresa THEBLACKLABEL, famosa por trabalhos com BLACKPINK.

Na história, acompanhamos o trio Huntrix (Rumi, Mira e Zoey), idols de sucesso que vivem uma vida dupla como caçadoras de demônios. O caos começa quando seus rivais, os Saja Boys, revelam sua verdadeira forma demoníaca, iniciando uma batalha que une música, dança e combate sobrenatural.

Desde o trailer, fãs especulam sobre inspirações reais por trás dos personagens. A diretora Maggie Kang contou que a equipe criou um “mural digital de referências” com imagens de idols e atores coreanos. Sem citar nomes diretamente, ela confirmou a presença de arquétipos clássicos. Jinu, por exemplo, tem traços que lembram Cha Eun-woo; Romance Saja aposta no charme visual com franja em coração, Abby Saja com um corpão de fazer inveja e Mystery Saja, sem rosto visível, remete a personagens de anime.

Entre as protagonistas, Rumi representa a beleza clássica coreana; Mira se inspira na estética fashionista da modelo Ahn So Yeon; por fim, Zoey traz o estilo fofo típico de grupos como o TWICE. A produção se preocupou em garantir que cada uma tivesse silhueta e expressões próprias, detalhe que reflete a construção real de grupos idols.

A trilha sonora reforça a conexão com o K-pop. Criada em parceria com THEBLACKLABEL e a compositora EJAE, que também dubla Rumi, músicas como “Golden”, “The Huntrix Mantra” e “Your Idol” passaram por dezenas de versões. EJAE revelou à Forbes que chegou a gravar 57 demos para atingir o tom ideal. O processo incluiu briefing detalhado de cena por cena, trocas constantes com os diretores e muita experimentação vocal.

Entre os destaques, a intensa “Your Idol” ganhou uma versão coral digna de Broadway, produzida por Ian Eisendrath. A música foi inspirada em “MAMA” e “Obsession”, do EXO, e propõe uma crítica à obsessão com idols. EJAE inverteu o áudio de “The Huntrix Mantra” e usou como base para criar uma atmosfera gótica, com harmonias em latim e arranjos corais que evocam rituais religiosos.

Já “Golden”, faixa das Huntrix, causou burburinho nas redes: fãs notaram semelhanças com “I AM”, do grupo IVE, e três integrantes do girlgroup chegaram a dançar “Golden” com a coreografia de “I AM” no TikTok aumentando as especulações sobre uma possível referência velada.

Confira o vídeo: 

A produção ainda vai além no cuidado estético: desde as coreografias animadas que simulam performances reais até os efeitos visuais que remetem a clipes coreanos, tudo foi planejado para capturar a energia do K-pop. O filme também traz uma visão crítica sobre a indústria musical coreana, abordando temas como rivalidade, pressão estética e a relação intensa com os fãs.

Com tantos detalhes visuais e musicais conectados à cultura idol, KPOP Demon Hunters é mais do que uma animação: é um reflexo, e uma provocação, ao mundo do K-pop contemporâneo. 

Fontes: (1);(2)

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