Nesta quinta-feira (10), Lee Jae-myung, ex-líder do Partido Democrata (DP), anunciou sua candidatura à presidência da Coreia do Sul. O pleito, marcado para 3 de junho, foi convocado após a destituição do ex-presidente Yoon Suk Yeol pela Corte Constitucional.
A declaração acontece um dia após o candidato renunciar ao comando do partido, movimento que abriu caminho para sua terceira disputa presidencial. Favorito nas pesquisas iniciais, ele afirmou que deseja construir uma “verdadeira República da Coreia” — um país guiado pela vontade popular — e se colocou como “a melhor ferramenta” para servir ao povo.
A recuperação econômica foi apontada como sua principal prioridade. Segundo o candidato, a gestão anterior negligenciou o tema nos últimos três anos, e o avanço tecnológico exige agora investimentos públicos, já que as empresas privadas não conseguem arcar sozinhas com os custos do setor.
Nos últimos meses, Lee tem buscado se distanciar da postura historicamente pró-trabalhista de seu partido, adotando um discurso mais próximo ao empresariado, numa tentativa de atrair eleitores conservadores e de centro.
Na política externa, destacou a importância da aliança com os Estados Unidos e da cooperação trilateral com o Japão, mas reforçou que pretende conduzir políticas com foco nos interesses sul-coreanos.
O vídeo de anúncio também trouxe cenas da comemoração popular após a decisão que removeu Yoon do cargo, com Lee enfatizando que “a grandeza da democracia coreana está no povo”.
Essa é a terceira candidatura presidencial de Lee. Ele disputou as eleições de 2017 e 2022 — nesta última, foi derrotado por Yoon por uma margem apertada. Apesar de liderar as pesquisas para o novo pleito, Lee ainda responde a investigações sobre um escândalo imobiliário envolvendo a cidade de Seongnam, ao sul de Seul.
O candidato deve apresentar oficialmente sua visão de governo e os membros de sua campanha em uma coletiva marcada para esta sexta-feira (11), na Assembleia Nacional.

