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Investigação revela que plano de apreensão de servidor da Comissão Nacional de Eleições (NEC) foi planejado em lanchonete

Uma nova reviravolta na investigação sobre a declaração de lei marcial na Coreia do Sul trouxe à tona, nesta terça-feira (17), que o plano para apreender o servidor da Comissão Nacional de Eleições (NEC) foi discutido em uma lanchonete da franquia Lotteria, localizada em Ansan, Gyeonggi. O encontro, realizado no dia 1º de dezembro, reuniu o ex-comandante do Comando de Inteligência de Defesa, Noh Sang-won, o atual comandante Moon Sang-ho, e dois coronéis, cujos nomes não foram divulgados. O plano teria sido discutido dois dias antes da declaração oficial da lei marcial, em 3 de dezembro.

A polícia obteve imagens de câmeras de segurança da lanchonete que registraram a reunião. Durante os interrogatórios, um dos coronéis teria revelado que o grupo discutiu a possibilidade de invadir a sala de computadores da NEC para buscar provas de fraudes eleitorais. Segundo ele, Noh teria sugerido que bastaria acessar diretamente o servidor da comissão para encontrar evidências. O episódio gerou grandes especulações sobre a natureza do encontro, com muitos questionando a intenção real por trás da apreensão do servidor.

Noh, que foi comandante do Comando de Inteligência de Defesa durante o governo de Park Geun-hye, já era civil na época da declaração da lei marcial. No entanto, o Partido Democrata (DP) levantou suspeitas sobre o papel de Noh, acusando-o de ter exercido influência sobre o comando militar atual, especialmente sobre Moon Sang-ho, que na ocasião estava liderando as operações militares. O DP também mencionou que Noh teria mantido contato frequente com Kim Yong-hyun, ex-ministro da Defesa, antes e depois da declaração da lei marcial.

A investigação, conduzida pela unidade especial da Polícia Nacional, já resultou na emissão de mandados de prisão para Noh e Moon. Noh foi preso no domingo (15), enquanto Moon foi detido, mas a procuradoria não aprovou sua prisão, pois ele ainda está em serviço militar ativo, o que exige um mandado judicial de corte militar. A polícia suspeita que Moon tenha sido responsável por ordenar o envio de tropas para a sede da NEC, localizada em Gwacheon, Gyeonggi, logo após a declaração de lei marcial.

O caso continua a gerar controvérsias políticas e tensões, com o Partido Democrata e outros críticos questionando a legalidade da ação e a possível tentativa de interferir no processo eleitoral. A investigação segue em andamento, e os detalhes do envolvimento de cada um dos envolvidos ainda estão sendo apurados.

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Sobre o autor

Estudante de Jornalismo pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), escrevo sobre geopolítica e outras coisinhas :)
Para sugestões de pauta: jjoanaelen@gmail.com

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