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HIT!Queer: Pit Babe — um universo de ABO, corrida e muita emoção! 

Classificação indicativa: 16 anos

É evidente que o desenvolvimento de produções com narrativas de romance queer está cada vez mais frequente, e isso, de forma indireta, faz com que o público se torne gradativamente mais seletivo sobre o que assistir. Sendo assim, hoje estamos aqui para discutir o diferencial de Pit Babe e como essa série conseguiu se tornar uma favorita entre os lançamentos de 2023!

Quando pensamos sobre o principal representante de uma obra, nossas mentes são imediatamente direcionadas ao elenco, que se tornam ‘o rosto’ de uma produção, ou seja, a escolha certa para cada papel é essencial na hora da cativação do público. Dito isso, o elenco de Pit Babe conseguiu brilhar bastante, especialmente o Phoom Naret Promphaophan (Pavel), que deu tudo de si como Babe e entregou alguns dos melhores momentos, até então, de sua carreira como ator, performando impecavelmente em cenas de alto teor emocional. Outro, que eu acredito, que merece uma menção honrosa no quesito de atuação é o Nut Supanut Lourhaphanich, mais conhecido por ter interpretado o Way, um personagem com sentimentos intensos, dores profundas e motivações duvidosas. 

Todavia, o que mais tornou Pit Babe especial foi a forma revolucionária que o tema ABO (omegaverse) se desenvolveu, afinal esse subgênero é bem controverso no mundinho literário e cinematográfico, podendo ser amado ou odiado. Posto isto, essa temática foi abordada na série de um jeito sublime e diferenciado, envolvendo até mesmo aqueles que não estão acostumados a consumir histórias desse tipo. A ideia da existência de super poderes e de um ‘enigma’ capaz de ir contra as ‘regras da natureza’ é bem intrigante e chamativa, nos fazendo ficar vidrados e curiosos sobre o que acontecerá a seguir. 

Sob outra perspectiva, é impossível negar que uma das coisas que mais chamou a atenção do público foi a química imensurável entre o casal principal. Babe (Pavel) e Charlie (Pooh) nos concederam um romance formidável –  que depois foi se desenvolvendo com seus altos e baixos – desde o primeiro episódio de Pit Babe. Não existe nada mais satisfatório do que assistir algo e sentir, mesmo que momentaneamente, que existem sentimentos verdadeiros sendo construídos ali, por isso é tão importante que os atores consigam transparecer o desenvolvimento daquilo que conhecemos como amor. 

Eu poderia continuar elogiando os vários pontos positivos dessa produção, entretanto, apesar de ter gostado muito de Pit Babe e de ter acompanhado o lançamento dos episódios com bastante afinco e empolgação, escolhi não deixar de fora algumas ressalvas que tive com a conclusão da obra. Na minha opinião, o plot da série se desenvolveu de uma forma muito cativante, mas o final deixou vários questionamentos: Qual foi a medida para a escolha dos desenvolvimentos de casais secundários? Quais foram as finalizações reais de alguns personagens e pontos importantes do enredo?  Aquela morte foi realmente necessária? essa, em específico, eu nunca irei superar, porque era meu personagem favorito…  

Por fim, Pit Babe, com seu elenco apaixonante, roteiristas inovadores e ótima direção, constrói uma narrativa extraordinária, capaz de nos fazer rir, chorar, refletir, teorizar e ficar completamente imersos nesse novo universo. É uma série que, sem dúvidas, merece todo o hype que recebeu e muito mais.

E claro, é bom lembrar que em breve o BL receberá uma segunda temporada e que o elenco da série tem planos de visitar o Brasil em julho, então, se você é fã desses atores maravilhosos, terá a oportunidade de vê-los ao vivo!

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