Imagem: Anthony Wallace/AFP
O governo metropolitano de Seul anunciou neste domingo (27) a implementação de uma rede de monitoramento de subsidência do solo para prevenir acidentes causados por crateras, fenômeno que tem alarmado a população sul-coreana com incidentes cada vez mais frequentes.
A decisão veio após um buraco de 20 metros de largura e 18 de profundidade engolir, em março, um motociclista em Gangdong-gu, no leste da capital, ocasionando o seu falecimento.
Dados oficiais revelam que 63 crateras foram registradas em Seul entre março de 2022 e março de 2025, com pelo menos 50 locais atualmente identificados como vulneráveis. Devido à demora do governo em providenciar respostas, cidadãos haviam criado mapas interativos usando dados públicos e relatórios de notícias para mapear áreas de risco.
O novo sistema anunciado hoje consiste em sensores em formato de coluna instalados a 20 metros de profundidade, capazes de detectar alterações geológicas em um raio de 50 metros. A tecnologia substituirá parcialmente o Radar de Penetração no Solo (GPR), usado até então, que só identifica anomalias a até 2 metros de profundidade.
A primeira instalação ocorrerá em maio, próximo ao local do acidente de março, onde obras de extensão da linha 9 do metrô foram suspensas por possível relação com o desastre.
Apesar dos avanços, a rede de sensores tem limitações: só monitora locais específicos, enquanto o GPR pode ser transportado por veículos.

