Os Estados Unidos reafirmaram seu compromisso com a “completa desnuclearização” da Coreia do Norte durante uma reunião com representantes da Coreia do Sul e do Japão, realizada neste fim de semana, durante a Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha. O encontro contou com a participação do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, do ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Cho Tae-yul, e do ministro das Relações Exteriores do Japão, Takeshi Iwaya.
Em um comunicado conjunto divulgado após a reunião, os três países destacaram a necessidade de manter sanções e pressionar Pyongyang a interromper atividades ilícitas que financiam seus programas nuclear e de mísseis. O documento também reafirma que a desnuclearização da Coreia do Norte deve ocorrer conforme as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
A posição expressa no comunicado foi vista como uma tentativa de acalmar preocupações da Coreia do Sul sobre uma possível mudança na política americana. Desde a posse do presidente Donald Trump para seu segundo mandato, em janeiro, membros de seu governo fizeram declarações que geraram dúvidas em Seul. Durante uma audiência no Senado, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, se referiu à Coreia do Norte como uma “potência nuclear”, o que levou a especulações sobre uma flexibilização da abordagem dos EUA em relação ao regime de Kim Jong-un.
Além da questão norte-coreana, a declaração conjunta também mencionou a China e expressou apoio à participação “significativa” de Taiwan em organizações internacionais apropriadas. Essa foi a primeira vez que um documento trilateral desse tipo incluiu uma referência direta ao papel de Taiwan, um tema sensível para Pequim.
Apesar da inclusão desse trecho, o governo sul-coreano afirmou que sua posição sobre Taiwan permanece inalterada e que continua a respeitar a “política de uma só China”, que reconhece o governo de Pequim como legítimo.