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Dia Internacional da Fotografia: a arte de eternizar o presente em um clique

A fotografia surge em 1826, com o primeiro registro feito por Joseph Nicéphore Niépce, já a primeira câmera surge apenas alguns anos depois, em 1839, onde, partindo dos estudos antigos de Niépce, Luiz Daguerre cria um aparelho que otimiza o tempo de fotografia, o Daguerreótipo, desse modo a revelação da foto durava cerca de 20 a 30 minutos e não mais oito horas. A ação de fotografar era algo muito complicado, pois se tratava de um processo um tanto quanto demorado e somente pessoas com muito dinheiro conseguiam ter acesso a essa tecnologia, já que esse primeiro aparelho inventado era bem robusto e nada prático.

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A disseminação da fotografia em si, ocorre somente em 1888, com o surgimento da marca de câmeras que atua até hoje: a Kodac, que trouxe aparelhos menores, portáteis e com um preço mais “acessível”. Com a sua popularização, passou a ser considerada um movimento artístico, capaz de capturar os mais belos momentos, sensações, discursos e entre outras coisas, indo além de só um registro do presente.

É claro que ainda existem superproduções, equipamentos pesados, lentes específicas e técnicas a serem seguidas, porém, atualmente, a autenticidade é o diferencial, o conceito é muito considerado e o clique pode ser feito a partir de um pequeno aparelho em nossas mãos, resumindo, não é o equipamento que faz o profissional, mas sim o seu talento, conexão com o que está fazendo e dedicação.

Não é segredo para ninguém que a Coreia nos últimos tempos vem ganhando notoriedade global dia após dia nos mais diversos ambientes, e foi recentemente a vez das grandes produções cinematográficas furarem a bolha e encantarem a todos com tamanha genialidade. A partir daí foi possível conhecer nomes talentosíssimos que esperavam apenas uma oportunidade de visibilidade. 

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Hoje reunimos alguns artistas que vem ganhando o reconhecimento merecido, para falarmos um pouco mais sobre as suas obras, com isso, esperamos que esse conteúdo sirva de incentivo para você possa mergulhar de cabeça nesse mundo da fotografia, que está recheado de profissionais incríveis.

Vem conferir!

O SURREALISMO DE CHO GI-SEOK

As obras de Gi-Seok abordam a existência humana de forma surrealista, misturando texturas, movimentos, cores e outras composições, trazem consigo um conceito repleto de significado que causa um certo desconforto ao primeiro contato. Seus retratos podem ser classificados como o ponto onde a beleza encontra o estranho, sempre utilizando o corpo humano como foco principal de suas obras. 

É possível conhecer mais do artista através de sua primeira exposição, “COEXISTENCE” que conta com trabalhos criados de 2018 a 2020. Cho Gi-Seok explica que a temática de sua primeira exposição, se dá devido a uma experiência pessoal, onde após se questionar por qual motivo agia de forma mais descontraída e extrovertida perto de seus amigos, mas quando estava sozinho, preferia a calmaria e sossego, chegou a conclusão de que esses seus dois lados muito diferentes, coexistem de forma complementar e interessante. 

Cho Gi-Seok já trabalhou com diversos artistas de K-pop como RED VELVET, NCT DREAM, XG, LESSERAFIM e THE BOYZ, além disso, também chamou atenção de grandes marcas como Vogue, Dazed, Nylon, W e Anderson Bell que não exitaram em fechar contrato com esse artista talentosíssimo.

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Confira mais de suas obras: http://chogiseok.com/

AS SENSAÇÕES DE MOK JUNGWOOK

Para Mok Jungwook sempre foi complicado rotular a sua arte, ele prefere dizer que captura tudo aquilo que está fora do alcance a olho nu, ou seja, um sentimento, uma história, uma sensação por trás da fotografia.

O fotógrafo ainda cita que, durante a colaboração com outras marcas e empresas, o seu foco é sempre passar a mensagem exatamente igual ao que foi solicitado, porém, com o toque especial de seu estilo autêntico. Mesmo que esse processo seja trabalhoso, Jungwook afirma que nada se compara aos seus projetos pessoais, onde tudo se baseia em seus ideais e pensamentos, dessa forma, o tempo gasto para finalizar esse trabalho é muito maior, pois as dúvidas, inspirações, debates e respostas partem do mesmo.

A característica marcante de suas obras fica por conta do modo como ele utiliza a cores e iluminação, deixando sempre em evidência uma temperatura, fria ou quente, variando de acordo com o propósito e conceito pedidos no trabalho.

Seus trabalhos já estrelaram capas de revistas e marcas gigantes como Elle, Marie Claire, Nylon, Dazed, Esquire, YSL, Puma, entre outros, além disso, várias personalidades famosas e relevantes já fizeram parte de seu portfólio, como os integrantes do BTS, BLACKPINK e WINNER.

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Confira mais de suas obras: http://mokjungwook.com/ 

AS CRÍTICAS SOCIAIS NECESSÁRIAS DE JI YEO 

A arte indaga, induz ao pensamento e ao debate, e o editorial de Ji Yeo é o exemplo perfeito para isso. A Coreia do Sul é conhecida por ser um dos países com a maior taxa de cirurgias plásticas do mundo, isso, pois os padrões de beleza são irreais, principalmente para as mulheres, em sua exposição intitulada “BEAUTY RECOVERY ROOM”, ela retrata mulheres no período de recuperação do pós-operatório, como uma crítica a pressão estética absurda.

Ji Yeo afirma que o maior desafio foi encontrar mulheres que aceitassem participar de seu editorial, pois muitas delas preferem esconder quando realizam alguma cirurgia plástica, pois para elas, revelar tal feito é admitir uma imperfeição, desse modo, mostram somente o resultado publicamente. 

Além disso, as poucas que aceitaram participar do projeto, tiveram algo em troca, as pacientes na maioria das vezes entram em centros cirúrgicos sozinhas, sem acompanhantes e apoio familiar, pensando nisso, a fotógrafa ofereceu esse auxílio para todas, acompanhando-as no pós e pré-operatório./

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