Hoje (20), o deputado Lee Soo Jin, do Partido Democrático da Coreia, sugeriu uma emenda à Lei de Proteção Pessoal, voltado limitar o uso da nova tecnologia Face Pass da HYBE, que reconhece rostos para admissão em shows e eventos, citando preocupações com a coleta excessiva de informações pessoais.
A HYBE, junto a Interpark Triple e a Viva Republica, planejou usar reconhecimento facial biométrico para entrada em shows, permitindo que os fãs evitem checagens tradicionais. No entanto, ainda não seria algo obrigatório, os participantes do próximo evento poderão escolher usar o Face Pass ou seguir com processos normais de verificação.
O futuro uso obrigatório da tecnologia ainda não foi decidido, muito menos divulgado pela empresa. O deputado Lee alertou sobre os riscos do reconhecimento facial, incluindo crimes de deepfake, e enfatizou que a legislação atual não cobre especificamente dados biométricos.
“A lei atual carece de disposições específicas para dados biométricos, tratando-os como informações confidenciais de acordo com o Decreto de Execução da Lei de Proteção de Informações Pessoais”, disse o deputado Lee. “Precisamos de uma legislação explícita para tratar da coleta e do gerenciamento de dados biométricos.”
Também em relação às mesmas problemáticas, a professora universitária Lee Jong Im defendeu que as empresas reavaliem como lidam com informações dos fãs. Ela lembrou que estes são indivíduos com direitos e que as coletas de dados excessivas por empresas privadas elevam o risco de vulnerabilidade da Coreia do Sul a ameaças de deepfake.
Lee Jong Im ainda citou um relatório de 2023 da empresa americana de segurança cibernética SecurityHero, que diz que a Coreia seria o mais suscetível a conteúdo deepfake em todo o mundo.
A tecnologia, se não barrada, será usada pela primeira vez em um encontro de fãs do TWS em Seul, de 14 a 16 de fevereiro.
Fonte: 1
