A cantora CL, ex-líder do icônico grupo de K-pop 2NE1, se viu no centro de uma polêmica nesta quinta-feira (18), após o portal TenAsia revelar que sua agência própria, Very Cherry, estaria em funcionamento há cinco anos sem o devido registro legal.
Fundada em 2020 para gerenciar sua carreira solo, a Very Cherry não foi oficialmente registrada como empresa de planejamento cultural e artístico — categoria obrigatória para negócios que lidam com gestão de artistas e atividades de entretenimento na Coreia do Sul.
De acordo com a lei local (Popular Culture and Arts Industry Development Act), deixar de registrar uma agência nesse setor pode resultar em até dois anos de prisão ou multa de até ₩20 milhões (cerca de US$ 15 mil).
Um representante da Very Cherry reconheceu a falha:
“Recentemente confirmamos o status não registrado e reconhecemos a gravidade do problema. O processo de registro está sendo agilizado.”
O caso de CL não é isolado. Outros artistas renomados, como Ok Joo-hyun, Sung Si-kyung, Song Ga-in e Kang Dong-won, também foram acusados de manter agências pessoais sem registro, e alguns deles já enfrentam investigações policiais após denúncias formais.
Diante do aumento de ocorrências semelhantes, o Ministério da Cultura, Esporte e Turismo da Coreia do Sul anunciou um período de carência até 31 de dezembro de 2025 para que empresas se regularizem voluntariamente. Após esse prazo, órgãos de fiscalização poderão conduzir investigações administrativas e encaminhar casos ao Ministério Público.
A controvérsia em torno da Very Cherry reforça a crescente discussão sobre os desafios legais no setor de entretenimento sul-coreano, especialmente à medida que mais artistas optam por gerir suas próprias carreiras por meio de selos independentes.
