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Yoon Suk Yeol se recusa a renunciar e acusa a oposição de realizar esquema de manipulação para benefício eleitoral 

Na noite de ontem (11), o Presidente Yoon Suk Yeol fez um discurso público não programado, em que criticou o partido de oposição, acusando-os de apoiar a Coreia do Norte e enfraquecer a segurança do país. Além disso, afirmou ser um direito seu, conforme a Constituição, decretar “Lei Marcial” e que o fez não com a intenção de paralisar a Assembleia Nacional, mas sim de enviar um aviso aos partidos de oposição e aos cidadãos sobre atividades “antiestatais”. 

No discurso, ele diz que, se a oposição tomar o poder, a Coreia verá “espiões em todos os lugares, drogas destruindo a geração futura, bandidos fazendo o que querem”, a ponto de “este país ser totalmente destruído”.

Yoon Suk Yeol disse que a Coreia do Norte representa uma ameaça com suas armas nucleares e mísseis e que a Coreia do Sul está vulnerável a essas ameaças. Yoon também negou ter impedido a entrada de legisladores na Assembleia Nacional: “Se eu realmente pretendesse paralisar a Assembleia Nacional, a lei marcial teria entrado em vigor em um fim de semana, não em um dia de semana. Além disso, eu teria cortado a eletricidade e a água da Assembleia Nacional e a transmissão teria sido restringida. Mas não fiz nada disso”.

Ele acrescentou que o fato de ter enviado menos de 300 soldados para a Assembleia Nacional é outra indicação de que a declaração da lei marcial não tinha a intenção de colocar a Assembleia Nacional sob controle. No entanto, essa declaração contradiz os relatos de oficiais militares sobre ordens de capturar legisladores.

Essa semana, dezenas de generais e líderes militares compareceram a uma sessão de perguntas do comitê de defesa nacional da Assembleia. O tenente-general Kwak Jong Geun revelou que o presidente Yoon instruiu-o a invadir o parlamento, mas que ele havia recusado e ainda afirmou que o ex-ministro da Defesa ordenou que não mais de 150 legisladores estivessem presentes no plenário da Assembleia, o que impossibilitaria o veto a Lei Marcial. 

Yoon também revelou haver ordenado uma investigação sobre a vulnerabilidade da Comissão Eleitoral Nacional após ataques de hackers norte-coreanos. Ele afirmou que enfrentaria corajosamente qualquer ameaça de impeachment ou investigações relacionadas à lei marcial. 

Por fim, o presidente ainda acusou os partidos de oposição de tentar tirá-lo do poder de forma forçada e rápida devido ao medo de que o líder da oposição, Lee Jae Myung, possa ser banido do cargo público devido aos julgamentos em curso. O impeachment de Yoon poderia permitir que Lee concorresse à presidência antes da eleição prevista para março de 2027. 

Após o discurso, o líder do Partido do Poder Popular, partido do atual presidente, Han Dong Hoon, concordou com o impeachment e pediu que o partido mudasse sua linha partidária para aprovar a expulsão de Yoon da presidência. 

 A Assembleia Nacional apresentará o projeto de impeachment contra o presidente Yoon Suk Yeol que deve ser marcado para sábado. Além disso, também foi apresentado um projeto de lei de investigação de procurador especial para a primeira-dama Kim Geon Hee.

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Sobre o autor

Jornalista formada pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). Apaixonada por música, cultura pop e línguas estrangeiras. Sugestão de pautas: ylanalira@hotmail.com

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