O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, recusou comparecer a um interrogatório agendado para esta quarta-feira (18), pelo Escritório de Investigação de Corrupção para Altos Funcionários (CIO, na sigla em ingês), em Gwacheon, Gyeonggi. A ausência de Yoon, que enfrenta acusações de insurreição ligadas à declaração de lei marcial no dia 3 de dezembro, intensificou as tensões políticas no país.
De acordo com o CIO, notificações foram entregues pessoalmente no gabinete presidencial e enviadas à residência oficial de Yoon, mas ambas foram rejeitadas. A resistência do presidente vem em meio a um impasse entre diferentes órgãos investigativos, como a promotoria e o CIO, que agora será responsável por conduzir todas as investigações relacionadas ao caso.
Além disso, o Serviço de Segurança Presidencial se recusou a cumprir ordens de apreensão de servidores solicitadas pela equipe conjunta de investigação, justificando a recusa com base na proteção de segredos militares. O pedido tinha como objetivo acessar registros telefônicos que supostamente comprovam que Yoon ordenou, por telefone, a retirada de parlamentares do plenário durante a polêmica declaração de lei marcial.
Outro foco das investigações é Moon Sang-ho, chefe do Comando de Inteligência de Defesa, que está sendo acusado de mobilizar agentes de inteligência para acessar servidores do Comitê Nacional de Eleições e participar de reuniões clandestinas para planejar ações relacionadas à declaração de lei marcial. Ele foi detido no último domingo durante um interrogatório, mas liberado no dia seguinte devido a questões jurisdicionais.
A recusa de Yoon em cooperar com as investigações, combinada com a rejeição de mandados e apreensões pela segurança presidencial, evidencia um impasse jurídico e institucional que aprofunda a instabilidade política na Coreia do Sul.
O caso segue sendo acompanhado de perto, enquanto o CIO se prepara para expandir as investigações sobre as ações de Yoon e outros envolvidos no caso de insurreição.