No dia 14 de outubro, de acordo com autoridades sul-coreanas, a Coreia do Norte explodiu partes de duas grandes estradas conectadas à parte sul da península, logo após Pyongyang alertar que tomaria medidas para separar seu território do Sul.
Partes da linha Gyeongui na costa oeste e da linha Donghae na costa leste, duas grandes ligações rodoviárias e ferroviárias que conectam o Norte e o Sul, foram destruídas por explosivos por volta das 12PM KST, de acordo com o Estado-Maior Conjunto (JCS) de Seul.
Em termos práticos, a destruição das rotas de viagem faz pouca diferença — as duas Coreias continuam divididas por uma das fronteiras mais fortemente fortificadas do mundo e as estradas não estavam em uso há anos. Contudo, seu simbolismo surge em um momento de retórica particularmente inflamada entre os dois líderes coreanos.
Em resposta às explosões, os militares sul-coreanos abriram fogo dentro da área ao sul da linha de demarcação militar e estão monitorando de perto os movimentos dos militares norte-coreanos, mantendo “postura de prontidão total em cooperação com os EUA”.
As explosões aconteceram alguns dias depois que a Coreia do Norte acusou a Coreia do Sul de voar drones cheios de propaganda sobre sua capital Pyongyang e ameaçou “retaliação”, também enviando balões carregados de lixo para a Coreia do Sul.
As duas Coreias estão separadas desde que a Guerra das Coreias terminou, em 1953, com um acordo de armistício. Tecnicamente, os países ainda estão em guerra, porém ambos os governos há muito tempo buscavam o objetivo de um dia se reunificarem.
Entretanto, em janeiro, Kim Jong Un disse que a Coreia do Norte não buscaria mais a reconciliação e a reunificação com a Coreia do Sul, chamando as relações intercoreanas de “um relacionamento entre dois países hostis e dois beligerantes em guerra”.